Em 2018 estamos relembrando os 100 anos do final da Primeira Guerra Mundial. Sobre a memória daquela guerra Pollok explica:



“A priori, a memória parece ser um fenômeno individual, algo relativamente íntimo, próprio da pessoa. Mas Maurice Halbwachs, nos anos 20 e 30, já havia sublinhado que a memória deve ser entendida também, ou sobretudo, como um fenômeno coletivo e social, ou seja, como um fenômeno construído coletivamente e submetido a flutuações, transformações, mudanças constantes. (...)

A Primeira Guerra Mundial deixou marcas muito fortes em certas regiões, por causa do grande número de mortos. Ficou gravada a guerra que foi mais devastadora, e frequentemente os mortos da Segunda Guerra foram assimilados aos da Primeira. Em certas regiões, as duas viraram uma só, quase que uma grande guerra.

O que ocorre nesses casos são, portanto transferências, projeções. Numa série de entrevistas que fizemos sobre a guerra na Normandia, que foi invadida em 1940 pelas tropas alemãs e foi a primeira a ser libertada, encontramos pessoas que, na época do fato, deviam ter por volta de 15,16, 17 anos, e se lembravam dos soldados alemães com capacetes pontudos (casques à pointe). Ora, os capacetes pontudos são tipicamente prussianos, do tempo da Primeira Guerra Mundial, e foram usados até 1916, 1917. Era, portanto uma transferência característica, a partir da memória dos pais, da ocupação alemã da Alsácia e Lorena na Primeira Guerra, quando os soldados alemães eram apelidados de "capacetes pontudos", para a Segunda Guerra. Uma transferência por herança, por assim dizer. (...)

Depois desta curta introdução, que mostra os diferentes elementos da memória, bem como os fenômenos de projeção e transferência que podem ocorrer dentro da organização da memória individual ou coletiva, já temos uma primeira caracterização, aproximada, do fenômeno da memória. A memória é seletiva. Nem tudo fica gravado. Nem tudo fica registrado. (...)” (POLLAK, Michael. Memória e identidade social. Estudos Históricos, Rio de Janeiro., vol. 5, n. 10, 1992, p. 200-212).



O texto completo de Michel Pollok pode ser lido no Saiba Mais da disciplina.



Busque na internet ou em livros uma imagem da PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL que apresente a destruição causada por ela e proponha uma questão problema sobre memória a ser debatida sobre a imagem em sala de aula.



Passos da atividade:

Escolher uma imagem da PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL que apresente destruição;
Anexar a imagem na plataforma;
Crie um questionamento sobre a imagem escolhida para ser debatida pelos alunos.


Escreva um texto autoral e caso utilize algum texto de apoio faça as referências de acordo com a ABNT.




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