Este inferno de amar - como eu amo! - Quem mo pôs aqui n'alma... quem foi? Esta chama que alenta e consome, Que é a vida - e que a vida destrói - Como é que se veio a atear, Quando - ai quando se há de apagar?
Eu não sei, não me lembra: o passado, A outra vida que dantes vivi Era um sonho talvez... - foi um sonho -
Em que paz tão serena a dormi! Oh! que doce era aquele sonhar... Quem me veio, ai de mim! despertar?
Só me lembra que um dia formoso Eu passei... dava o Sol tanta luz! E os meus olhos, que vagos giravam, Em seus olhos ardentes os pus. Que fez ela? eu que fiz? - Não no sei; Mas nessa hora a viver comecei...
GARRETT, Almeida. Este inferno de amar. In: MOISÉS, Massaud. A literatura portuguesa através dos textos. 14. ed. São Paulo: Cultrix, 1985. p. 219.
Após ler o poema do escritor português Almeida Garrett, pertencente ao movimento romântico, é possível afirmar que:
I. Há uma visão objetiva para a expressão do sentimento amoroso por parte do eu-lírico. II. A estrutura do poema se configura como um soneto clássico com versos decassílabos e rimas ricas. III. O amor é a mola mestra do eu-lírico, que se mostra envolto por esse sentimento. IV. O uso de versos irregulares, estrutura criada para o poema, indicam características do movimento romântico.
É correto o que se afirma em Alternativas Alternativa 1: II, apenas.
Lista de comentários
Resposta:
3 e 4 apenas
Explicação:
Sobre o poema do escritor português Almeida Garrett, pertencente ao movimento romântico, está correta a Alternativa 3: III e IV, apenas.
Afirmações sobre o poema do escritor Almeida Garrett:
I - A primeira está ERRADA, porque há uma visão subjetiva para a expressão do amor por parte do eu-lírico.
II - A segunda está ERRADA, pois não há estrutura em versos decassílabos.
III - A terceira está CORRETA, dado que o amor é que move o eu lírico, que se envolve por esse sentimento.
IV - A quarta está CORRETA, uma vez que os versos irregulares fazem parte das características do período do Romantismo.
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