No neolítico, a situação mudou bastante. No Oriente Médio, havia diversas espécies de plantas que eram extremamente interessantes em termos de domesticação, devido à rapidez da produção, condições de armazenamento da semente, dentre outras características importantes para os humanos. Elas nasciam tão logo havia água, crescendo rapidamente e produzindo logo. Entre elas, o trigo. Com as observações, era armazenar as sementes de trigo em estruturas de barro, nos quais a água e a umidade não entrava, permitindo a manutenção de uma reserva de alimento durante o ano todo, aproveitando-se os períodos mais favoráveis para o plantio. Com isso, era possível garantir alimentos por muito tempo, além de alimentar um maior número de pessoas, sem a necessidade de se mudar para outros locais, criando o sedentarismo a partir da agricultura de espécies de plantas domesticadas, bem como o início da pecuária, com a criação de animais sociais, como cabras, bois, porcos, dentre outros.
Nesse sentido, o cultivo desses alimentos foi tão importante que a população humana atual, em sua grande maioria, não apresenta intolerância ao glúten (presente nas farinhas, como a de trigo) nem à lactose (presente no leite). Os estudos demonstram que, no paleolítico, a maior parte dos seus humanos eram intolerantes à lactose e ao glúten, ou seja, a importância do leite e do trigo nessas sociedades foi tão grande que a maioria das pessoas são descendentes daqueles que não eram intolerantes a essas substâncias.
Além disso, a domesticação de animais permitiu que doenças epidêmicas de animais sociais, como os caprinos, bovinos e suínos, passagem ao ser humano, gerando pragas que matavam muitas pessoas. Com o tempo, apenas os sobrevivente reproduziam, de modo que a maior parte desses povos era mais resistentes a essas doenças, que dizimavam os inimigos caçadores e coletores. Contribuiu para isso também o fato de que, com a domesticação de plantas e animais, essas tribos apresentavam um tamanho bem maior que as de caçadores - coletores, contribuindo para a vitória deles nas guerras. Assim, os sobreviventes foram aqueles que aprenderam a cultivar e criar animais, possibilitando o surgimento das primeiras cidades e civilizações na região do Oriente Médio.
Para melhor compreender todo esse processo, sugiro que veja o vídeo Armas germes e Aço - Saindo do Jardim do Éden, encontrado facilmente no youtube.
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Prezada Aline,No neolítico, a situação mudou bastante. No Oriente Médio, havia diversas espécies de plantas que eram extremamente interessantes em termos de domesticação, devido à rapidez da produção, condições de armazenamento da semente, dentre outras características importantes para os humanos. Elas nasciam tão logo havia água, crescendo rapidamente e produzindo logo. Entre elas, o trigo. Com as observações, era armazenar as sementes de trigo em estruturas de barro, nos quais a água e a umidade não entrava, permitindo a manutenção de uma reserva de alimento durante o ano todo, aproveitando-se os períodos mais favoráveis para o plantio. Com isso, era possível garantir alimentos por muito tempo, além de alimentar um maior número de pessoas, sem a necessidade de se mudar para outros locais, criando o sedentarismo a partir da agricultura de espécies de plantas domesticadas, bem como o início da pecuária, com a criação de animais sociais, como cabras, bois, porcos, dentre outros.
Nesse sentido, o cultivo desses alimentos foi tão importante que a população humana atual, em sua grande maioria, não apresenta intolerância ao glúten (presente nas farinhas, como a de trigo) nem à lactose (presente no leite). Os estudos demonstram que, no paleolítico, a maior parte dos seus humanos eram intolerantes à lactose e ao glúten, ou seja, a importância do leite e do trigo nessas sociedades foi tão grande que a maioria das pessoas são descendentes daqueles que não eram intolerantes a essas substâncias.
Além disso, a domesticação de animais permitiu que doenças epidêmicas de animais sociais, como os caprinos, bovinos e suínos, passagem ao ser humano, gerando pragas que matavam muitas pessoas. Com o tempo, apenas os sobrevivente reproduziam, de modo que a maior parte desses povos era mais resistentes a essas doenças, que dizimavam os inimigos caçadores e coletores. Contribuiu para isso também o fato de que, com a domesticação de plantas e animais, essas tribos apresentavam um tamanho bem maior que as de caçadores - coletores, contribuindo para a vitória deles nas guerras. Assim, os sobreviventes foram aqueles que aprenderam a cultivar e criar animais, possibilitando o surgimento das primeiras cidades e civilizações na região do Oriente Médio.
Para melhor compreender todo esse processo, sugiro que veja o vídeo Armas germes e Aço - Saindo do Jardim do Éden, encontrado facilmente no youtube.
Bons estudos!