Leia este texto:

Defesa da inventividade popular [...] contra os burocratas da sensibilidade, que querem impingir ao povo, caritativamente, uma arte oficial, de "boa consciência", ideologicamente retificada, dirigida.
Mas o povo cria, o povo engenha, o povo cavila. O povo é inventa-línguas, na malícia da maestria, no matreiro da maravilha. O visgo do improviso, tateando a travessia, azeitava o eixo do sol... O povo é o melhor artífice.

Indique qual dos seguintes fragmentos NÃO EXEMPLIFICA o posicionamento do autor desse texto relativamente aos usos da língua.

a) O grito do bicho era "eu sou macho" e cocoreco e bico de pato. e fazia aquela ginga de mão, você manja, né?

b) Você é baiano se acha compreensível o diálogo, numa esquina do Curuzu:
- Coléde mermo, broder?
- É niúma
- Vô pro reggae, táligado?
Vô cumê água com os cara
- Vá nessa, véi!
- Falô, maluco

c) De tanto levar frechada do seu olhar
Meu peito até parece sabe o quê
Tauba de tiro ao álvaro
Não tem mais onde furar. [...]

d) Pátria não é só espaço geográfico, é histórico e até melódico. o momento em que a língua portuguesa virou brasileira foi atravessado pela memória e pelos sons dos povos que nos constituíram em séculos de uso tantas vezes musical do idioma. Somos o mérito de nossos erros coletivos de português. Ainda mais, do tom que damos à fala. [...]

e) Aqui é bandido! Plínio Marcos! Atenção, malandragem! Eu nem vô pedir nada, vô te dá um alô! Te liga aí: aids é uma praga que rói até os mais fortes, e rói devagarinho. [...] Quem pegá essa praga tá ralado de verde e amarelo [...] Num tem [...] nem reza brava, nem choro, nem vela, nem ai-jesus. Pegou aids, foi pro brejo! [...]

URGENTEEEE


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