Leia o poema a seguir e marque para as alternativas
abaixo (V) verdadeira, (F) falsa ou (SO)
sem opção.
Eu sou aquele, que os passados anos
cantei na minha lira maldizente
torpezas do Brasil, vícios, e enganos.
E bem que os decantei bastantemente,
canto segunda vez na mesma lira
o mesmo assunto em plectro* diferente.
[...]
Qual homem pode haver tão paciente,
Que vendo o triste estado da Bahia,
Não chore, não suspire, e não lamente?
[. ..]
Há bons, por não poder ser insolentes,
Outros há comedidos de medrosos,
Não mordem outros não, por não ter dentes.
[...]
*(INSPIRAÇÃO POÉTICA, POESIA.)
GREGÓRIO DE MATOS. ANTOLOGIA POÉTICA.
1 - ( ) Ao afirmar que cantou em sua "lira
maldizente" os problemas do Brasil,
o poeta refere-se ao instrumento musical,
lira, com o qual recitava seus
versos.
2 - ( ) Ainda que a intenção do poeta seja
repetir sua poesia de sátira, de protesto
e de denúncia, sua promessa
não se cumpre, e ele se restringe á
metalinguagem.
3 - ( ) Na sátira, a tendência do poeta é usar
uma linguagem mais clara com formas
métricas mais populares, como
é o caso do metro de onze sílabas,
empregado neste poema.
4 - ( ) Os versos "Não chore, não suspire,
e não lamente" e "Não mordem outros
não, por não ter dentes" apresentam,
respectivamente, expressões
de gradação e de metáfora.
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