Na Europa, é possível dizer que o rompimento com o pedagogismo da literatura infantil teve seu início já na era vitoriana, com a publicação de Alice no país das maravilhas, por Lewis Carroll, em 1865. No Brasil, Monteiro Lobato foi pioneiro na escrita de uma obra literária que explorava prioritariamente o lúdico e a imaginação infantil em detrimento de ensinamentos explícitos Analise as asserções acima e responda: As duas asserções são verdadeiras. As duas asserções são falsas. A primeira asserção é verdadeira e a segunda é falsa . A primeira asserção é falsa e a segunda é verdadeira .
Explicação: Assim como na Europa, também no Brasil, portanto, a produção de livros para crianças esteve marcada, desde seu início, por intenções morais e pedagógicas vinculadas ao universo cultural de uma burguesia emergente, sendo o espaço escolar o locus de consumo prioritário dessas obras.
Na Europa, é possível dizer que o rompimento com o pedagogismo da literatura infantil teve seu início já na era vitoriana, com a publicação de Alice no país das maravilhas, por Lewis Carroll, em 1865. No Brasil, Monteiro Lobato foi pioneiro na escrita de uma obra literária que explorava prioritariamente o lúdico e a imaginação infantil em detrimento de ensinamentos explícitos. Contudo, somente a partir da década de 60 do século XX, houve um crescimento realmente expressivo de obras infantis no contexto brasileiro, especialmente de narrativas, o qual foi acompanhado pela melhoria também da sua qualidade artístico-literária. Já a poesia, segundo Zilberman (2005), passou por uma revitalização, em termos de quantidade e qualidade, principalmente a partir da década de 1980, quando houve uma valorização do gênero no Brasil, o que levou um número cada vez maior de poetas a se dedicarem a esse tipo de produção.
Desde então, ao invés da perspectiva do adulto que pretende ensinar algo, é possível encontrar uma quantidade muito significativa de livros que priorizam o universo e a perspectiva infantis. No lugar de informações utilitárias, conhecimentos escolares e valores morais explícitos, autores contemporâneos têm valorizado a qualidade literária e o lúdico, que podem se manifestar tanto por meio das temáticas abordadas quanto da liberdade para experimentações com o significante linguístico. Têm se tornado cada vez mais comuns projetos intersemióticos ousados, ligando ilustração/imagens e texto linguístico de modo tão integrado que se chega frequentemente a uma linguagem híbrida. Além disso, questões densas e existenciais como a morte e a velhice, entre outras, também são apresentadas na perspectiva infantil, evitando-se respostas fáceis e enredos óbvios.
Ps.: Se você achar que gostou da minha resposta, capricha nas estrelinhas e se achar que valeu a pena - meu próximo desafio é chegar as 500 melhores-, coloque como melhor resposta.
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Resposta: As duas asserções são verdadeiras.
Explicação: Assim como na Europa, também no Brasil, portanto, a produção de livros para crianças esteve marcada, desde seu início, por intenções morais e pedagógicas vinculadas ao universo cultural de uma burguesia emergente, sendo o espaço escolar o locus de consumo prioritário dessas obras.
Na Europa, é possível dizer que o rompimento com o pedagogismo da literatura infantil teve seu início já na era vitoriana, com a publicação de Alice no país das maravilhas, por Lewis Carroll, em 1865. No Brasil, Monteiro Lobato foi pioneiro na escrita de uma obra literária que explorava prioritariamente o lúdico e a imaginação infantil em detrimento de ensinamentos explícitos. Contudo, somente a partir da década de 60 do século XX, houve um crescimento realmente expressivo de obras infantis no contexto brasileiro, especialmente de narrativas, o qual foi acompanhado pela melhoria também da sua qualidade artístico-literária. Já a poesia, segundo Zilberman (2005), passou por uma revitalização, em termos de quantidade e qualidade, principalmente a partir da década de 1980, quando houve uma valorização do gênero no Brasil, o que levou um número cada vez maior de poetas a se dedicarem a esse tipo de produção.
Desde então, ao invés da perspectiva do adulto que pretende ensinar algo, é possível encontrar uma quantidade muito significativa de livros que priorizam o universo e a perspectiva infantis. No lugar de informações utilitárias, conhecimentos escolares e valores morais explícitos, autores contemporâneos têm valorizado a qualidade literária e o lúdico, que podem se manifestar tanto por meio das temáticas abordadas quanto da liberdade para experimentações com o significante linguístico. Têm se tornado cada vez mais comuns projetos intersemióticos ousados, ligando ilustração/imagens e texto linguístico de modo tão integrado que se chega frequentemente a uma linguagem híbrida. Além disso, questões densas e existenciais como a morte e a velhice, entre outras, também são apresentadas na perspectiva infantil, evitando-se respostas fáceis e enredos óbvios.
Ps.: Se você achar que gostou da minha resposta, capricha nas estrelinhas e se achar que valeu a pena - meu próximo desafio é chegar as 500 melhores-, coloque como melhor resposta.