O quiet quitting é um fenômeno que resulta das condições que construímos no mercado de trabalho. O movimento é a antítese da tóxica Cultura da Agitação (Hustle Culture). Formada pela ideia de que nenhuma mudança do mundo pode ser perdida, inclui a inovação, crescimento e o trabalho a qualquer custo. Não é algo pontual que inicia de uma “onda” entre jovens. Redes como Tik Tok e Reddit apenas são locais de expressão de um sentimento de não pertencimento, logo de exclusão sistêmica. Mas para prevenirmos ou minimizarmos seus aparecimento e efeitos, é necessário construir uma comunidade na qual todos se sintam parte. Ou seja, compartilhar a busca de resolução de problemas de ordem social e individual. Quando um profissional percebe o esforço de uma organização para o seu desenvolvimento e também bem-estar, poderá ser mobilizado pela reciprocidade em fazer prosperar esta organização.

Outro ponto importante é se mobilizar por um propósito que gere valor para a sociedade, convidando o profissional a fazer parte de uma história atemporal e maior do que a individualidade das funções ou das relações de poder da organização.

Soma-se à construção de ambientes inclusivos e diversos, não apenas pela representatividade, mas pela possibilidade de expressão de ideias. Todos precisam se sentir livres para contribuir e comentar! E essas ações têm que ser apoiadas em pesquisas regulares de engajamento, com as lideranças presentes e dispostas a trabalhar o ambiente da organização.

Uma gestão pautada na transparência dos valores que definem as ações e os relacionamentos, com feedback contínuo, pode inclusive ser encorajadora para quem está “fora do lugar”. Possivelmente contratamos profissionais que estão no lugar “errado” ou por não terem identidade com a cultura, ou porque não estão na sua área de realização. Encorajá-los a buscar isto, mesmo que seja procurando um novo emprego é valioso para todos.
Considerando as condutas de trabalho dos adeptos ao movimento denominado quiet quitting apresentadas no texto de Roncati, identifique a alternativa que aponta corretamente como a cultura organizacional pode melhorar o comprometimento no trabalho. Escolha uma opção:
1. Culturas organizacionais que entendem o movimento quiet quitting como uma forma de reduzir trabalho, acabam selecionando colaboradores que não participam dessa filosofia e permanecem apenas os funcionários comprometidos.
2. Em um cenário empresarial de competitividade acirrada, comparações com colegas e uma cultura onipresente, muitos indivíduos podem desenvolver problemas de saúde mental e esgotamento, o que afeta o comprometimento.
3. Nas organizações nas quais se priorizam uma cultura inclusiva e acolhedora, onde os colaboradores sintam que os valores organizacionais são convergentes com os deles, melhora-se o comprometimento.
4. Redes sociais como Tik Tok e Reddit propagaram a cultura do quiet quitting entre os jovens e agora as empresas precisam entender essa nova demanda para aumentar o comprometimento.
5. Empresas que orientam seus colaboradores a fazerem trabalhos voluntários conseguem maior comprometimento devido a questão social.
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