Dividido em 10 capítulos, o primeiro se chama “As engrenagens do colapso social”. Gilberto Dimenstein explica que o livro surgiu na década de 90, quando ministrou uma palestra para adolescentes e percebeu a preocupação dos jovens com a violência nas grandes cidades. “Vi que a falta de informação e de reflexão poderia levá-los a uma postura perigosa: o uso de mais violência”, alerta o jornalista. Então, o autor se propôs a abordar alguns dos problemas da sociedade, como as crianças de rua, a violência e a pobreza. Por que Cidadão de Papel? Segundo Dimenstein, porque a cidadania está garantida nos papeis, mas não existe de verdade.
Embora a linguagem simplificada possa incomodar muitos especialistas da área, Gilberto Dimenstein simplificou o texto para que o público-alvo, formado por crianças e adolescentes, possam absorver melhor a informação e entender termos que estão presentes nos jornais diários, mas nem sempre são de seus conhecimentos. Dimenstein comenta que a situação da infância é um reflexo de desenvolvimento econômico, político e social do Brasil, desde a violência até o desemprego.
No capítulo 2, “Cidadania”, Dimenstein explica que os meninos de rua são um dos sintomas da crise social, surgidos por causa da pobreza e falta de educação dos pais, levando os filhos a entrarem nesse ciclo, incapazes de progredir. Apesar dos direitos da criança, o autor critica a situação do país e lembra que nem mesmo os bebês estão protegidos nas famílias desestruturadas, onde o índice de violência doméstica são maiores.
A violência é abordada no capítulo 3 do livro. Segundo o autor, muitas crianças fogem de casa pelo medo da agressão dos próprios pais, levando-as a consumirem drogas e álcool, prostituição, violentarem e serem violentados, mantendo o ciclo vicioso vivo.
O capítulo 4 fala sobre a renda. Neste caso, o meu exemplar traz várias informações desatualizadas, que na época podiam ser usadas como referencial, agora nem tanto. Porém, algumas informações e conceituações facilitam a compreensão dos jovens, como PIB (Produto Interno Bruto), a distribuição desigual de renda e o PIB per capita. Muitas vezes, como bem lembra Gilberto Dimenstein, os números impressionam, mas são só números perto da realidade da pobreza de um lado e riqueza do outro, em que uns têm além do necessário e outros não têm o suficiente para sobreviver com dignidade.
O quinto capítulo aborda a mortalidade infantil batendo novamente na tecla da ilusão dos números. O jornalista afirma que entre as estatísticas para analisar o desenvolvimento econômico e social de um país, a taxa de mortalidade infantil é importante. Apesar de muitas informações estarem defasadas, a mortalidade infantil ainda é uma realidade no país. Dimenstein aborda o contraste entre primeiro e terceiro mundo quando se trata do desenvolvimento das crianças e da mortalidade infantil.
A população é comentada no sexto capítulo do livro. Nesta parte, é comentada a importância do nível de instrução das mães sobre a necessidade de higiene e saneamento básico, as campanhas educativas e distribuição de anticoncepcionais e orientações sobre doenças sexualmente transmissíveis, a gravidez na adolescência e a taxa de fecundidade de acordo com as condições financeiras dos pais.
O desemprego é tema do capítulo 7, em que Dimenstein aborda a crise econômica no Brasil marcada pela estagflação (recessão e preços altos), o círculo vicioso da criança que sai da escola ou não estuda para trabalhar e continua ganhando pouco, os efeitos políticos sentidos no país e o efeito nas universidades, em que os estudantes viveram períodos de insegurança.
O capítulo 8 discute a urbanização no Brasil. A ida de populações rurais para as grandes cidades, surgimento das favelas e o aumento do número de moradores de rua. Já o capítulo 9 aborda a desnutrição. O jornalista descreve as consequências da desnutrição infantil no desenvolvimento físico e mental do ser humano, além de atingir também os adultos e aborda de forma breve a questão dos transgênicos (organismos geneticamente alterados) e discussões que estavam em alta na época.
Diante de todos os problemas mencionados nos outros capítulos, o meio ambiente é tão importante quanto e é destaque do capítulo 10. Gilberto Dimenstein afirma a importância do saneamento básico na prevenção de doenças, a questão da reciclagem do lixo, a poluição ambiental e o tratamento da água.
A última parte do livro, o capítulo 10, traz informações e propõe reflexões sobre a educação. É comentada a necessidade de investir na educação desde o ensino fundamental para que as pessoas saibam seus direitos e obrigações e possam ter melhor qualidade de vida, a questão da produtividade, a evasão e desigualdade social no nível de ensino, o analfabetismo e a exclusão digital
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Dividido em 10 capítulos, o primeiro se chama “As engrenagens do colapso social”. Gilberto Dimenstein explica que o livro surgiu na década de 90, quando ministrou uma palestra para adolescentes e percebeu a preocupação dos jovens com a violência nas grandes cidades. “Vi que a falta de informação e de reflexão poderia levá-los a uma postura perigosa: o uso de mais violência”, alerta o jornalista. Então, o autor se propôs a abordar alguns dos problemas da sociedade, como as crianças de rua, a violência e a pobreza. Por que Cidadão de Papel? Segundo Dimenstein, porque a cidadania está garantida nos papeis, mas não existe de verdade.
Embora a linguagem simplificada possa incomodar muitos especialistas da área, Gilberto Dimenstein simplificou o texto para que o público-alvo, formado por crianças e adolescentes, possam absorver melhor a informação e entender termos que estão presentes nos jornais diários, mas nem sempre são de seus conhecimentos. Dimenstein comenta que a situação da infância é um reflexo de desenvolvimento econômico, político e social do Brasil, desde a violência até o desemprego.
No capítulo 2, “Cidadania”, Dimenstein explica que os meninos de rua são um dos sintomas da crise social, surgidos por causa da pobreza e falta de educação dos pais, levando os filhos a entrarem nesse ciclo, incapazes de progredir. Apesar dos direitos da criança, o autor critica a situação do país e lembra que nem mesmo os bebês estão protegidos nas famílias desestruturadas, onde o índice de violência doméstica são maiores.
A violência é abordada no capítulo 3 do livro. Segundo o autor, muitas crianças fogem de casa pelo medo da agressão dos próprios pais, levando-as a consumirem drogas e álcool, prostituição, violentarem e serem violentados, mantendo o ciclo vicioso vivo.
O capítulo 4 fala sobre a renda. Neste caso, o meu exemplar traz várias informações desatualizadas, que na época podiam ser usadas como referencial, agora nem tanto. Porém, algumas informações e conceituações facilitam a compreensão dos jovens, como PIB (Produto Interno Bruto), a distribuição desigual de renda e o PIB per capita. Muitas vezes, como bem lembra Gilberto Dimenstein, os números impressionam, mas são só números perto da realidade da pobreza de um lado e riqueza do outro, em que uns têm além do necessário e outros não têm o suficiente para sobreviver com dignidade.
O quinto capítulo aborda a mortalidade infantil batendo novamente na tecla da ilusão dos números. O jornalista afirma que entre as estatísticas para analisar o desenvolvimento econômico e social de um país, a taxa de mortalidade infantil é importante. Apesar de muitas informações estarem defasadas, a mortalidade infantil ainda é uma realidade no país. Dimenstein aborda o contraste entre primeiro e terceiro mundo quando se trata do desenvolvimento das crianças e da mortalidade infantil.
A população é comentada no sexto capítulo do livro. Nesta parte, é comentada a importância do nível de instrução das mães sobre a necessidade de higiene e saneamento básico, as campanhas educativas e distribuição de anticoncepcionais e orientações sobre doenças sexualmente transmissíveis, a gravidez na adolescência e a taxa de fecundidade de acordo com as condições financeiras dos pais.
O desemprego é tema do capítulo 7, em que Dimenstein aborda a crise econômica no Brasil marcada pela estagflação (recessão e preços altos), o círculo vicioso da criança que sai da escola ou não estuda para trabalhar e continua ganhando pouco, os efeitos políticos sentidos no país e o efeito nas universidades, em que os estudantes viveram períodos de insegurança.
O capítulo 8 discute a urbanização no Brasil. A ida de populações rurais para as grandes cidades, surgimento das favelas e o aumento do número de moradores de rua. Já o capítulo 9 aborda a desnutrição. O jornalista descreve as consequências da desnutrição infantil no desenvolvimento físico e mental do ser humano, além de atingir também os adultos e aborda de forma breve a questão dos transgênicos (organismos geneticamente alterados) e discussões que estavam em alta na época.
Diante de todos os problemas mencionados nos outros capítulos, o meio ambiente é tão importante quanto e é destaque do capítulo 10. Gilberto Dimenstein afirma a importância do saneamento básico na prevenção de doenças, a questão da reciclagem do lixo, a poluição ambiental e o tratamento da água.
A última parte do livro, o capítulo 10, traz informações e propõe reflexões sobre a educação. É comentada a necessidade de investir na educação desde o ensino fundamental para que as pessoas saibam seus direitos e obrigações e possam ter melhor qualidade de vida, a questão da produtividade, a evasão e desigualdade social no nível de ensino, o analfabetismo e a exclusão digital