O texto de Hans Georg Gadamer (1900-2002) - Verdade e Método- expressa o seguinte: Uma primeira interpretação acontece a partir dos conceitos pré-existentes que temos. O intérprete consegue entender o texto desde o pré-juizo formado, mesmo correndo o risco de errar ou acertar. Neste ariscar, só se tem a certeza do que é correto pelo contexto. A interpretação se dá pelo que já se sabe, a partir daí é possível um conhecimento do homem, a linguagem e da natureza. O intérprete deve estar atento e respeitar a alteridade do texto. Por isso, escreve "quem quiser compreender um texto deve estar pronto a deixar que ele lhe diga alguma coisa. Por isso, uma consciência educada hermeneuticamente deve ser preliminarmente sensível à alteridade do texto. Essa sensibilidade não pressupõe 'neutralidade' objetiva nem esquecimento de si mesmo, mas implica numa precisa tomada de consciência das próprias pressuposições e dos próprios pré-juizos...". (GADAMER, p. 631, 1998). Partindo do raciocínio de Gadamer, podemos afirmar que pertencemos a um contexto, seja ele histórico ou cultural: ele nos fornece os pressupostos para nos relacionarmos com o mundo. Sempre que vamos ao encontro do novo, temos antecipadamente pré- compreensões que favorecem a compreensão daquilo que até então era estranho e desconhecido. Diz ainda o autor: "O hermeneuta ao interpretar uma obra, está já situado no horizonte aberto pela obra, o que ele denomina círculo hermenêutico" (Idem). O círculo hermenêutico se refere a: A) Acontecimento - Texto - Interpretação - Compreensão B) Ação - Compreensão - Interpretação - Texto - Contexto C) Compreensão - Interpretação - Texto - Pretexto - Pós Texto - Contesto
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