Quais as preocupações dessa educadora na escolha das cores a serem apresentadas às crianças?I. A autora privilegia o trabalho direto com cores complementares, pois estas proporcionam maior harmonia.II. A partir da escolha das cores complementares é possível liberar para que as crianças escolham livremente as tonalidades, incentivando a criatividade.III. A autora trabalha com uma base de cores a partir de onde as crianças podem compor as cores secundárias e terciárias, fazendo com que as pinturas ganhem em profundidade e expressividade. Escolha uma das alternativas:
Lista de comentários
TiagoPereira2014
Ao ler a entrevista temos: Monique: Giz de cera grosso, e os lápis de cor podem não produzir um bom traço; sendo muito pouco maleáveis são materiais que não oferecem às crianças boas condições para a criação, embora sejam mais fáceis na organização e limpeza da sala. Por outro lado, quando se oferecem apenas as cores necessárias, pincéis grandes e firmes, um papel que tenha um grau de dureza suficiente para suportar a guache, o resultado é de grande qualidade estética. Tenho usado fundamentalmente com as crianças as três cores primárias, magenta, azul-cerúleo ou cian e o amarelo, porque isso permite que elas façam a pesquisa da gama de cores que mais lhes convém para o que estão querendo expressar. Na pintura nada está pronto, tudo é passível de construções e reconstruções, e assim é com as cores também, não apenas com as formas. (fig. 3) Avisa lá: E por que essas três cores? Monique: É um fenômeno físico, é uma lei da natureza que todas as cores que existem são derivadas dessas três cores primárias. Na margem da prova de impressão de qualquer trabalho gráfico vêm essas três cores, referências para composição de todas as outras, e mais o preto, que geralmente é usado para o texto. Porém não se trata de qualquer vermelho ou azul. É importante que sejam as tonalidades cian e magenta como primárias para que as crianças tenham um referencial perceptivo certo. A partir daí, elas podem compor as cores secundárias e terciárias. Quando se dá inicialmente a cor terciária, por exemplo, marrom e verde escuro, as crianças não têm mais como exercer o seu guia de referência perceptiva. Em um trabalho com educadoras, vimos como ficou nítido, na produção das crianças, a diferença de se oferecer essa ou aquela cor de tinta. De início essa questão da cor não era presente, o pessoal tinha proposto pintura com qualquer cor, sem critério.A partir dessa discussão, na semana seguinte, as educadoras propuseram pintura utilizando só as cores primárias. Fizemos uma exposição, no chão, das produções das crianças para análise. A diferença era enorme, as pinturas ganharam profundidade, expressividade, todos perceberam!
5 votes Thanks 41
TiagoPereira2014
III. A autora trabalha com uma base de cores a partir de onde as crianças podem compor as cores secundárias e terciárias, fazendo com que as pinturas ganhem em profundidade e expressividade.
Lista de comentários
Monique: Giz de cera grosso, e os lápis de cor podem não produzir um bom traço; sendo muito pouco maleáveis são materiais que não oferecem às crianças boas condições para a criação, embora sejam mais fáceis na organização e limpeza da sala. Por outro lado, quando se oferecem apenas as cores necessárias, pincéis grandes e firmes, um papel que tenha um grau de dureza suficiente para suportar a guache, o resultado é de grande qualidade estética.
Tenho usado fundamentalmente com as crianças as três cores primárias, magenta, azul-cerúleo ou cian e o amarelo, porque isso permite que elas façam a pesquisa da gama de cores que mais lhes convém para o que estão querendo expressar.
Na pintura nada está pronto, tudo é passível de construções e reconstruções, e assim é com as cores também, não apenas com as formas. (fig. 3)
Avisa lá: E por que essas três cores?
Monique: É um fenômeno físico, é uma lei da natureza que todas as cores que existem são derivadas dessas três cores primárias. Na margem da prova de impressão de qualquer trabalho gráfico vêm essas três cores, referências para composição de todas as outras, e mais o preto, que geralmente é usado para o texto.
Porém não se trata de qualquer vermelho ou azul. É importante que sejam as tonalidades cian e magenta como primárias para que as crianças tenham um referencial perceptivo certo. A partir daí, elas podem compor as cores secundárias e terciárias. Quando se dá inicialmente a cor terciária, por exemplo, marrom e verde escuro, as crianças não têm mais como exercer o seu guia de referência perceptiva.
Em um trabalho com educadoras, vimos como ficou nítido, na produção das crianças, a diferença de se oferecer essa ou aquela cor de tinta. De início essa questão da cor não era presente, o pessoal tinha proposto pintura com qualquer cor, sem critério.A partir dessa discussão, na semana seguinte, as educadoras propuseram pintura utilizando só as cores primárias. Fizemos uma exposição, no chão, das produções das crianças para análise. A diferença era enorme, as pinturas ganharam profundidade, expressividade, todos perceberam!