Quando cito, extraio, mutilo, desenraízo. Há um objeto primeiro, colocado diante de mim, um texto que li, que leio; e o curso de minha leitura se interrompe numa frase. Volto atrás: re-leio. A frase relida torna-se fórmula autônoma dentro do texto. A releitura a desliga do que lhe é anterior e do que lhe é posterior. O fragmento escolhido converte-se ele mesmo em texto, não mais fragmento de texto, membro de frase ou de discurso, mas trecho escolhido, membro amputado; ainda não o enxerto, mas já órgão recortado e posto em reserva. Porque minha leitura não é monótona nem unificadora; ela faz explodir o texto, desmonta-o, dispersa-o. É por isso que, mesmo quando não sublinho alguma frase nem a transcrevo na minha caderneta, minha leitura já procede de um ato de citação que desagrega o texto e o destaca do contexto.
Assinale a alternativa que apresenta a informação correta a respeito do trabalho da citação em um texto acadêmico.
Escolha uma:
Citar é construir, no próprio texto, um diálogo com outros autores, de forma crítica, no desenvolvimento do tema abordado. Correto

Alternativa Correta: Citar é construir, no próprio texto, um diálogo com outros autores, de forma crítica, no desenvolvimento do tema abordado.



A citação representa, antes de tudo, um exercício de leitura e escrita (bem como de reescrita), e, por isso, citar é dialogar com autores, trazer para o próprio texto os saberes já consolidados da área de estudo, e, junto com esses autores e impulsionado por esses saberes, o autor pode elaborar e fundamentar as próprias ideias, no trabalho acadêmico.
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