Retrato de uma princesa desconhecidaPara que ela tivesse um pescoço tão finoPara que os seus pulsos tivessem um quebrar de caulePara que os seus olhos fossem tão frontais e limposPara que a sua espinha fosse tão direitaE ela usasse a cabeça tão erguidaCom uma tão simples claridade sobre a testaForam necessárias sucessivas gerações de escravosDe corpo dobrado e grossas mãos pacientesServindo sucessivas gerações de príncipesAinda um pouco toscos e grosseirosÁvidos cruéis e fraudulentosFoi um imenso desperdiçar de gentePara que ela fosse aquela perfeiçãoSolitária exilada sem destinoANDRESEN, S. M. B. Dual. Lisboa: Caminho, 2004. p. 73.No poema, a autora sugere queALTERNATIVASOs príncipes e as princesas são naturalmente belos.Os príncipes generosos cultivavam a beleza da princesa.A beleza da princesa é desperdiçada pela miscigenação racial.O trabalho compulsório de escravos proporcionou privilégios aos príncipes.O exílio e a solidão são os responsáveis pela manutenção do corpo esbelto da princesa.
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