(UFSCAR, 2013) A maioria das pessoas concorda que, embora a nossa época ultrapasse em muito quanto ao conhecimento, em todas as épocas anteriores, não houve um desenvolvimento correlato quanto à sabedoria. Mas tal entendimento cessa logo que tentamos definir o que é “sabedoria” e consideramos os meios de promovê-la. [...] a busca do conhecimento pode tornar-se nociva, a menos que se ache unida à sabedoria – e a sabedoria, no sentido de uma visão compreensiva das coisas, não se encontra, necessariamente, nos especialistas que buscam conhecimento. A amplitude do conhecimento, porém, não é o bastante, por si só, para construir sabedoria. Deve haver, também, certa compreensão dos fins da vida humana. [...] Não é, de modo algum, incomum, encontrarem-se homens de amplos conhecimentos, mas de sentimentos estreitos. Falta a tais homens o que chamo de sabedoria.
Bertrand Russell, Conhecimento e Sabedoria In Retratos de Memória e outros ensaios. Editora Zahar, 1958. O filósofo inglês Bertrand Russell defende uma diferenciação entre conhecimento e sabedoria, alegando que