“As luzes se apagam em toda a Europa”, disse Edward Grey, secretário das Relações Exteriores da Grã Bretanha, observando as luzes de Whitehall na noite em que a Grã-Bretanha e a Alemanha foram à guerra. “Não voltaremos a vê-las ascender em nosso tempo de vida”. Em Viena, o grande satirista Karl Kraus preparava-se para documentar e denunciar essa guerra num extraordinário drama-reportagem a que deu o título de Os últimos dias da humanidade. Ambos viam a guerra mundial como o fim de um mundo, e não foram os únicos. Não foi o fim da humanidade, embora houvesse momentos, no curso dos 31 anos de conflito mundial, entre a declaração de guerra austríaca À Sérvia, a 28 de julho de 1914, e a rendição incondicional do Japão, a 14 de agosto de 1945 – quatro dias após a explosão da primeira bomba nuclear –, em que o fim de considerável proporção da raça humana não pareceu muito distante” (HOBSBAWM, 1994, p.30)
Segundo a famosa expressão do historiador Eric Hobsbawm, o século XX foi definido como a “era dos extremos”. Sobre o tema, analise as afirmativas a seguir.
I - Os acontecimentos históricos vivenciados no século XX demonstraram os extremos aos quais os seres humanos são capazes de chegar, tanto no que concerne à destruição em massa da própria espécie, quanto também o avanço tecnológico.
II - O desenvolvimento tecnológico possibilitou uma sensação de otimismo entre as pessoas que estavam situadas no continente europeu, durante a primeira metade do século XX.
III - A noção de que o mundo tal como o conhecemos poderia ter seu fim a qualquer momento foi uma constante proporcional ao longo da história humana.
IV - Trata-se de exagero por parte daqueles que estavam situados nesse período, pois não havia indícios objetivos de que a espécie humana pudesse ser aniquilada da face da Terra.
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Resposta:
ll e lll
Explicação:
espero ter ajudado, pela minha intuição essas são as que fazem mais sentidos diante do texto lido.