Muitos receptores de fármacos podem ser categorizados dentro de dois estados de conformação, que estão em equilíbrio reversível entre si. Esses dois estados são denominados estado ativo e estado inativo. Muitos fármacos atuam como ligantes desses receptores e afetam a probabilidade de o receptor encontrar-se preferencialmente em uma dessas duas conformações. As propriedades farmacológicas dos fármacos baseiam-se, com frequência, em seus efeitos sobre o estado de seus receptores cognatos. Um fármaco que, através de sua ligação a seu receptor, favorece a conformação ativa deste receptor é denominado agonista; por outro lado, um fármaco que impede a ativação do receptor pelo agonista é designado como antagonista. Alguns fármacos não se enquadram exatamente dentro dessa definição simples de agonista e antagonista; esses fármacos incluem os agonistas parciais e os agonistas inversos.

Fonte: adaptado de: GOLAN, D. E. Princípios de Farmacologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.


Figura 1 - Tipos de antagonistas dos receptores
Fonte: GOLAN, D. E. Princípios de Farmacologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p. 21, 2014.

Considerando as informações apresentadas, assinale a opção correta:
Alternativas
Alternativa 1:
Agonista é uma molécula que se liga a um receptor e estabiliza-o em determinada conformação (em geral na conformação ativa). Quando ligado por um agonista, um receptor típico tem mais tendência a encontrar-se em sua conformação ativa do que inativa. Dependendo do receptor, os agonistas podem ser fármacos ou ligantes endógenos.

Alternativa 2:
Os agonistas inversos, estabilizam o receptor na forma R ativa, aumentando o número de receptores ativados. Assim, os agonistas inversos revertem a atividade constitutiva dos receptores e exercem um efeito farmacológico oposto aos agonistas total.

Alternativa 3:
Os antagonistas são fármacos que diminuem ou se opõem à ação de outro fármaco ou ligante endógeno, apresentando efeito na ausência de um agonista.

Alternativa 4:
O antagonista competitivo impede que um agonista se ligue ao seu receptor e mantém este receptor no estado conformacional inativo. Seu efeito não pode ser superado com adição de mais agonistas.

Alternativa 5:
Um antagonista irreversível causa uma redução do efeito máximo, sem deslocamento da curva no eixo das doses (causa diminuição da eficácia do agonista, sem afetar a potência), e, ao contrário do antagonista competitivo, o efeito do antagonista irreversível pode ser superado adicionando mais agonista.
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Danos inflamatórios das membranas celulares fornecem fosfolipídeos que são substratos à síntese dos eicosanóides e do fator ativador plaquetário (PAF). A fosfolipase A2 (PLA2), enzima inibida pelos anti-inflamatórios esteroidais (AIEs) degrada os fosfolipídeos produzidos pelas membranas celulares, devido a danos inflamatórios, produzindo os metabólitos do ácido araquidônico, conhecidos como eicosanóides (prostaglandinas, tromboxanos, prostaciclinas e leucotrienos). Estes produtos não são armazenados, mas são sintetizados pela maioria das células, quando vários estímulos físicos, químicos e hormonais ativam as acil-hidrolases que tornam o araquidonato disponível. BORNIA, E.C.S. Fundamentos de Farmacologia. Maringá: Unicesumar, 2022. Sobre os danos inflamatótios, avalie as afirmações a seguir. I. A COX-2 diminui durante os estados inflamatórios, controlando o quadro inflamatório, produção de dor e febre. II. A biossíntese de prostanóides não se altera nos tecidos inflamados. Dessa forma, a inibição dessas vias não está envolvida nos processos inflamatórios, dolorosos e quadros febris. III. A prostaglandina E2 (PGE2) e a prostaciclina (PGI2) são os principais prostanóides que medeiam a inflamação. IV. Os mediadores inflamatórios liberados por células não neuronais durante a lesão tecidual aumentam a sensibilidade dos nociceptores e potencializam a percepção da dor. É correto o que se afirma em: Alternativas Alternativa 1: I e III, apenas. Alternativa 2: I e IV, apenas. Alternativa 3: II e III, apenas. Alternativa 4: III e IV, apenas. Alternativa 5: I, II, III e IV.
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