No século XIX, o capitalismo monopolista provoca rupturas socioestruturais, deslocando as dinâmicas tradicionais de relacionamento entre os sujeitos sociais e seus Estados, especialmente nas múltiplas transições de Estados monárquicos absolutistas para parlamentarismos e democracias na Europa. A perspectiva de que as políticas sociais emergem a partir da produção e da reprodução das dinâmicas capitalistas permite a interpretação da estratégia mediadora entre sociedade civil e sistema produtivo realizada pelos Estados. Qual elemento da dinâmica entre capital e trabalho emerge, nesse contexto, favorecendo a utilização das políticas sociais como estratégias de Estado?
A. A questão social. B. A acumulação. C. O imperialismo. D. As guerras mundiais. E. As democracias.
Na conjuntura do amadurecimento capitalista monopolista do século XIX e no processo de fortalecimento dos Estados-nação, diante das corridas imperialistas, a questão social aparece pela primeira vez como produto direto das dinâmicas entre capital e trabalho. Nesse sentido, perceba que a ação dos Estados no controle das demandas sociais, fomentadas pela questão social, desenvolve-se como estratégia de manutenção da produção e da acumulação. De acordo com Netto (2007, p. 25), diante da questão social e da instabilidade que mobilizações sociais poderiam causar, as políticas sociais aparecem como “um vetor extraeconômico para assegurar seus objetivos estritamente econômicos”, ou seja, uma prática sociopolítica orientada para a segurança das práticas produtivas. Paralelamente, tanto o imperialismo quanto as guerras mundiais e a formação das democracias não emergem da dinâmica entre capital e trabalho, mas sim da acumulação de capital e das disputas por ampliação dos mercados de consumo.
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Resposta: A. A questão social.
Na conjuntura do amadurecimento capitalista monopolista do século XIX e no processo de fortalecimento dos Estados-nação, diante das corridas imperialistas, a questão social aparece pela primeira vez como produto direto das dinâmicas entre capital e trabalho. Nesse sentido, perceba que a ação dos Estados no controle das demandas sociais, fomentadas pela questão social, desenvolve-se como estratégia de manutenção da produção e da acumulação. De acordo com Netto (2007, p. 25), diante da questão social e da instabilidade que mobilizações sociais poderiam causar, as políticas sociais aparecem como “um vetor extraeconômico para assegurar seus objetivos estritamente econômicos”, ou seja, uma prática sociopolítica orientada para a segurança das práticas produtivas. Paralelamente, tanto o imperialismo quanto as guerras mundiais e a formação das democracias não emergem da dinâmica entre capital e trabalho, mas sim da acumulação de capital e das disputas por ampliação dos mercados de consumo.