Os estudantes das classes médias e os populares esforçam-se por se conformarem com as normas de verbalização universitária, mas o seu desembaraço é forçado e pouco natural. Para as crianças das classes populares a aquisição da linguagem escolar é, muitas vezes, considerada como a aquisição de uma anti-linguagem. Quanto aos estudantes cuja origem social os predispõe para uma postura distinta relegam, muitas vezes, o trabalho pedagógico da sala de aula, tido como “diligência de escriturário”. Quanto mais se sobe na hierarquia, mais notória se torna esta distanciação. Para este tipo de estudante, a ação pedagógica é reduzida a um encanto verbal e a uma exibição exemplar. (...). A função do ensino é a de legitimar a cultura dominante e o docente serve-se da instituição com a finalidade de conservação social e de perpetuação das relações de classe. (BOURDIEU e PASSERON, 2009, p. 19). Assinale a alternativa que corresponde a interpretação da asserção acima: Escolha uma: a. Para eles o ordenamento social se impõe aos indivíduos e a escola atua nesta direção de adequá-los a cultura dominante. Correto b. Para estes pensadores a escola e seus conteúdos são mais complexos para os alunos mais pobres porque eles não têm a mesma capacidade de aprendizagem. c. Segundo eles o currículo e a escola são neutros, mas o fato de existirem alunos de diferentes classes sociais não é possível que os professores utilizem uma linguagem científica. d. Para estes autores o fato de a escola impor a cultura dominante os alunos se sentem fascinados e isto é o que lhes faz aprender. e. Para estes autores esta escola é igual para todos os indivíduos, logo todos serão bem-sucedidos.