A escola é a instituição oficial na qual os indivíduos se preparam para a vida em sociedade. Sendo assim, no ensino da língua materna, leva o aluno a desenvolver competências e habilidades para utilizar de forma correta a língua em sociedade. Ao adotar uma base científica, era esperado que a escola conseguisse levar seus alunos a se apropriarem de competências linguísticas, sem buscar mudar as competências já adquiridas pelos dialetos sociais. Porém nem sempre a escola e os seus professores estão preparados para exercerem esse trabalho. Alguns autores, ao tratar dessa questão, indicam algumas competências necessárias no ensino da língua. Avalie as afirmativas a seguir. I. O professor, ao trabalhar substituindo competências, reprime o uso da variedade trazida pelo aluno de seu ambiente familiar, o que contribuirá para a aquisição da norma culta da linguagem. II. O modelo a ser adotado deve ser o da deficiência linguística, aquele que considera insuficiente a variedade utilizada pelos alunos das classes sociais desfavorecidas socioeconomicamente, buscando suplementar o conhecimento deles com estudos da norma culta. III. O professor, ao reconhecer os dialetos sociais estigmatizados como um sistema linguístico diferente, mas capaz de oferecer os mesmos recursos expressivos das variedades cultas, contribuirá com a aprendizagem. IV. As variedades cultas, em suas diferentes expressões de uso e modalidade, são impostas como as únicas legítimas, as únicas corretas, o que deve ser repensado pela escola. Está correto o que se afirma em: a. II, apenas. b. I, II, III e IV. c. I, II e III, apenas. d. III e IV, apenas e. I e II, apenas.
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Dentre as considerações de Edgar Allan Poe, importante autor e crítico literário do século XIX, analisamos as principais diferenças entre os gêneros narrativos conto e romance. Ao contextualizar as diversas características dos dois gêneros, Poe suscitou vários questionamentos e reflexões a respeito deles e nos convida também a pensar sobre. [O romance] “como não pode ser lido de uma assentada, destitui-se, obviamente, da imensa força derivada da totalidade. Interesses externos intervindo durante as pausas da leitura, modificam, anulam ou contrariam em maior ou menor grau, as impressões do livro” (...) no conto breve, o autor é capaz de realizar a plenitude de sua intenção, seja ela qual for. Durante a hora da leitura atenta, a alma do leitor está sob o controle do escritor. Não há nenhuma influência externa ou extrínseca que resulte de cansaço ou interrupção (POE apud GOTLIB, 2006, p. 19-20). Fonte: GOTLIB, N. B. Teoria do Conto. 11ª ed. São Paulo: Ática, 2006. Levando em consideração essas informações e o excerto do autor, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas: O conto torna-se para o leitor uma unidade melhor em sua totalidade na experiência de leitura, PORQUE como é mais breve, o leitor consegue realizar a leitura sem pausas ou interrupções, as quais podem interferir nos sentidos do texto. Analisando as asserções anteriores, conclui-se que: a. A primeira asserção é falsa e a segunda é verdadeira. b. As duas asserções são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. c. A primeira asserção é verdadeira e a segunda é falsa. d. As duas asserções são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira. e. As duas asserções são falsas.
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Levando em consideração as especificidades da crítica sociológica, Antonio Candido reflete sobre o valor demasiado dos fatores externos darem mais sentido ao texto do que o próprio instrumento textual em si e, a partir disso, suas implicações literárias e sociais. Dessa forma, analise o excerto a seguir: aventa a possibilidade de o valor e o significado da obra serem relegados em benefício da explicação sociológica, tornando o dado exógeno ao texto literário o verdadeiro motor da análise. No entanto, no mesmo ensaio, Candido reconhece perceber uma atitude de mudança, por parte dos teóricos e dos críticos, na constituição do método, qual seja, o do estudo do elemento social na obra não mais como uma relação de condicionamento meio-obra (sendo a obra, desta forma, uma ilustração de determinadas dinâmicas sociais), mas numa perspectiva de “interiorização” do elemento social como elemento estruturador da obra (NETO, 2007, p. 18) Fonte: NETO, M. L. A. A sociologia da literatura: origens e questionamentos. Entrelaces. 2007. Disponível em: http://www.periodicos.ufc.br/entrelaces/article/view/4517. Acesso em 21 jun. 2022. Tomando como base o trecho em questão e as características da Crítica Sociológica comparadas ao movimento Formalismo Russo, analise as asserções a seguir, e a relação proposta entre elas: A análise feita do texto literário pelo Formalismo Russo, que considera o texto em seu interior é muito menos problemática e íntegra, portanto melhor do que aquela feita pela Crítica Sociológica, que considera o texto em seus aspectos externos e sociais, PORQUE os fatores externos acabam por influenciar negativamente a compreensão da obra em sua totalidade, fazendo com que o texto seja menos valorizado enquanto produto da literatura em seus aspectos sociais e culturais. Analisando as asserções anteriores, conclui-se que: a. A primeira asserção é falsa, e a segunda é verdadeira. b. As duas asserções são falsas. c. As duas asserções são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira. d. As duas asserções são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira. e. A primeira asserção é verdadeira, e a segunda é falsa.
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