Pergunta Dentre as ideias da historiografia atual, hoje temos compreensão de que o discurso que foi produzido pelos Portugueses no primeiro momento de contato com as civilizações indígenas que habitavam as terras “descobertas”, fazia parte de um discurso respaldado em ação dominadora. A respeito dessa prática de ação dominadora, destaque as alternativas corretas. I – Quando Vaz de Caminha analisa os habitantes que haviam sido encontrados em nas terras descobertas propõe que seriam a maior riqueza daquela terra, e necessitavam ser catequizados e “civilizados”. Esse intuito “catequizador” vem de encontro às premissas de cristianização da “buscas de novas almas” enquanto parte da motivação do processo de Grandes Navegações que foi apoiado pela Igreja Católica. II – O discurso produzido na carta de Vaz de Caminha propõe a idéia da relação dicotômica entre civilização x barbárie, onde Portugal atuava como a nação portadora da civilização e os povos aborígenes estavam à espera de serem civilizados e cristianizados. III – O processo de colonização Portuguesa se deu em movimento a uma desconsideração dos aspectos da cultura e sociedade preexistentes nos locais “descobertos”. IV – “Descoberto” o paraíso, era preciso organizá-lo, e dentre os objetivos de organização temos o de caráter econômico, que se respaldou na visão essencialmente mercantilista do período. O intuito era o de tornar as terras produtoras de riquezas para a metrópole. Assinale a alternativa correta: I-II-III I-II-III-IV I-II-IV I-II II-III
Responda
Pergunta No século XVIII, é onde começam os questionamentos relativos às ideias de “descobrimento” e “achamento” dos territórios alvo das coroas ibéricas durante o período das grandes navegações. Tais revisionismos ocorrem, pois em grande parte as ideias do período apontavam para incoerências na antiga visão romântica, de que Portugal, por exemplo, teria descoberto as terras brasileiras de maneira acidental. A respeito dessas incoerências assinale as alternativas que contemplam a resposta correta: I - A análise das fontes documentais possibilita pensar que, ao menos, Portugal suspeitava da existência de terras no Atlântico sul, a oeste da África, muito antes de 1500. II – A insistência do Rei Português em uma ampliação dos limites dos territórios que haviam sido divididos pelo Tratado de Tordesilhas, se configurou para muitos Historiadores, enquanto uma evidência histórica de que Portugal já sabia da existência da massa continental que hoje corresponderia mais tarde ao território Brasileiro. III – Dentre as perspectivas defendidas pelos Historiadores, destaca-se como a mais aceita academicamente a tese de que a Coroa Portuguesa não sabia da existência das terras que viriam mais tarde a se tornar o “Brasil”. Sendo o processo de descobrimento motivado pela causalidade e por uma nau que se perdeu em alto mar devido uma tempestade. IV – Temos dentre as interpretações vigentes também, a opinião de que Cabral decidiu por sua própria conta investigar a existência de novas terras, compartilhando de esperanças de ser possível encontrá-las naquela parte do oceano Assinale as alternativas que estiverem corretas: I-IV I-II-IV III-IV I-II-III I-II
Responda
Pergunta 4 Leia o trecho abaixo atentamente: “Nesse processo de metamorfoses étnicas e culturais, ao invés de desaparecem diluídos nas categorias de despossuídos da colônia ou de escravos, os índios assumiram a identidade dada ou imposta pelos colonizadores: a de índios aldeados, súditos cristãos de Sua Majestade”. ALMEIDA, Maria Regina Celestino de. Os índios na história do Brasil. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2010. Atualmente a historiografia vem propondo novas interpretações sobre a condição que os indígenas aldeados assumiam. Com base em seus estudos e na análise do trecho acima é INCORRETO admitir que: Os aldeados efetivamente envolveram-se no processo de cristianização, aderindo aos símbolos que a nova religião trazia, sobretudo em relação às igrejas, às quais dedicava atenção, chegando escrever reivindicações sobre o maior cuidado que deveriam ser direcionadas às instalações. A historiografia indígena atualmente critica as interpretações monolíticas sobre os aldeamentos, admitindo a necessidade de contextualizar estas experiências, levando em consideração que ocorreram em variadas configurações sociais, políticas, culturais e sobretudo geográficas. Os indígenas aldeados estariam relativamente seguros das expedições de apresamento, além disso poderiam obter acesso à terra, dentro e fora dos aldeamentos, haja vista como muitos chegavam a solicitar tais concessões ao rei. Os historiadores atualmente admitem que os indígenas ao assumirem a categoria de “aldeados” encontraram formas de resistir ao processo de dominação colonial. A historiografia indígena procura destacar que os indígenas foram alvos de uma aculturação, na medida em que os novos valores eurocêntricos trazidos pelos inacianos e impostos no interior dos aldeamentos anulou completamente a cultura dos povos indígenas.
Responda

Helpful Social

Copyright © 2024 ELIBRARY.TIPS - All rights reserved.