January 2020 1 193 Report
Valendo 30pts: Conseguem achar algum erro de sintaxe nessa resenha?
Obs.: É grande. rs

A versão da Editora Hunter para “Apologia de Sócrates”, como em outros livros da mesma editora, tem um prefácio que coloca o leitor no cenário do livro. Dando-lhe conhecimento do período histórico, leva o leitor a maior compreensão do conteúdo.
Em "Apologia de Sócrates", Sócrates, o centro do livro, é levado à tribunal, acusado de ateísmo e profanação, por ser um opositor aos deuses de Homero e a democracia.
Sócrates era um filósofo, orador do povo, que recebeu dos deuses a incumbência de transmitir a filosofia. Assim fez por toda sua vida, ao dedicar-se a buscar entender o mundo a sua volta. Mesmo tendo adquirido algum conhecimento, continuava a falar que de nada sabia, pois pensava ser errado afirmar de que sabia algo, quando não era totalmente conhecedor do assunto.
Em uma Atenas que estava se reconstruindo como democracia, ideias antidemocratas eram vistas como uma afronta a democracia ateniense. Sócrates passou a ser visto como uma ameaça para a juventude, por falar da filosofia pura, sem a manipular para os padrões dos “grandes eruditos” de Atenas.
Os "grandes eruditos", para livrarem-se da ameaça, pagaram a sofistas para que convencessem o povo de que Sócrates merecia alta punição. Por meio de sofismas, fizeram com que a parte do povo ateniense que não conhecia Sócrates cresse que ele era um ateu, que manipulava os jovens a crerem em deuses estrangeiros. Por meio da vontade geral, manipulada pelos conhecidos como eruditos, Sócrates foi intimado a ir frente a um júri.
Sócrates, com seus 70 anos, mantém-se como um legítimo cidadão ateniense que segue as leis de sua cidade, logo se entrega a justiça dos homens. Corrompida principalmente por Meleto, Ânito e Lícon, homens que consideravam Sócrates como inimigo, a justiça haveria de ser feita pelo júri.
Durante julgamento, Sócrates, quando acusado por Meleto, foi inicialmente chamado de sábio. Intrigado a entender porque ele foi chamado de sábio, mesmo não se considerando um, ele buscou no júri pessoas realmente sábias. Foi de encontro aos poetas e encontrou somente pessoas que escreviam, para eles, coisas sem muito sentido, mesmo com o conteúdo dos poemas parecessem algo mais complexo. Indo em outras profissões, onde os praticantes se aparentavam sábios de verdade, Sócrates viu pessoas menos sábias que ele, pois afirmavam saber de coisas que não sabiam.
Quando acusado de corromper a juventude, Sócrates mostra que os jovens só o seguiram porque queriam, pois nenhum deles foi obrigado a ouvir. Apontando para seus conhecidos alunos, Sócrates cita nomes daqueles que o seguiu, convidando-os a testemunhar caso Sócrates houvesse feito algo mal. Ninguém se ofereceu para isso, pois ele não havia feito nenhum mal.
Sócrates era humilde e nunca havia se entregado por nenhum dinheiro, assim como nunca cobrou por suas palavras. Quando recebia algum dinheiro, não tratava melhor aquele doador do que outros.
Quando acusado de ateísmo, provou de forma lógica, ser crente nos deuses, mesmo que não tanto como a maioria. Ele poderia rebater todas as acusações sobre ele, por elas serem todas falsas.
Ao fim das orações e das acusações, o júri vota se Sócrates deve ou não receber uma punição. A maioria vota que sim, deixando Sócrates não muito surpreso com isso. Após um breve discurso, Sócrates recebe a sentença de pena de morte, que deverá acontecer em pouco tempo. Antes disso, Sócrates foi levado a prisão.
Na prisão, Sócrates recebe uma visita de Críton, um velho amigo, e descobre que este estava o observando dormir, admirado pela tranquilidade do sono dele, mesmo após saber que logo iria morrer. Críton vai direto ao ponto, dando alternativas para Sócrates escapar da morte, fosse pagando ou fugindo de Atenas.
A morte, para Sócrates, não seria nada além de um presente. Sócrates afirma que terá a mais feliz das noites de sono, pois não haverá nenhuma das preocupações que tem quando acorda, seria um sono eterno. Sócrates foi guiado pelos deuses, como não recebeu nenhuma intervenção por parte deles, o filósofo soube que era o certo fazer. O povo de Atenas estava degradado, prova disso é terem dado pena de morte para um homem inocente. O povo ateniense, depois de algumas gerações, talvez poderiam ter salvação: “Aqueles que são capazes de fazer o maior dos males, é capaz de fazer maior bem possível”.
Depois de um curto debate, Sócrates convence Críton de que o melhor a fazer é ficar e morrer bebendo cicuta.
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