A terminologia “não-formal” tem sido utilizada com frequência na área de educação para determinar atividades e experiências, diferentes das que ocorrem nas escoas, também conhecidas como formais. A indicação da LDB para a ampliação do tempo de permanência dos alunos na escola, revela um problema para as escolas brasileiras, uma vez que a maioria delas atendem os alunos em até quatro turnos diários (manhã, intermediário, tarde e noite), ficando sem espaço para o atendimento em tempo integral. Para superar esse problema, o Decreto 7.083/2010 que instituiu o Programa Mais Educação, trouxe em sua redação a possibilidade de integração dos espaços escolares com outros espaços considerados educativos, fortalecendo as parcerias entre instituições formais e não-formais para o desenvolvimento da educação integral.
“Essas parcerias não podem ser configuradas na perspectiva de afirmar a cisão, ainda existente, entre a educação formal e a educação não formal, como se a primeira fosse legítima, com maior valor, em detrimento da segunda, considerada menos importante. A questão de uma parceria dessa natureza supõe “defender um continuum entre as ações e experiências vividas nessas duas esferas de educação” (ARANTES, 2008, p. 8) que propiciam aprendizagens diferentes, compreendendo o processo educacional para além da educação formal” (FELICIO, 2011, p. 169). Para tanto, “os estudos de currículo entendido como forma de organização das experiências de ensino e de aprendizagem nas instituições educacionais (APPLE, 2006; GOODSON, 2008; MOREIRA; SILVA, 2001) apontam, a partir das características da contemporaneidade, a necessidade de expandir tais experiências para além dos conteúdos das diversas áreas desconhecimento, tradicionalmente trabalhados no contexto escolar, em disciplinas específicas, muitas vezes, fragmentadas e com fronteiras rígidas” (FELICIO, 2011, p. 166).
Assim, pensar a construção de um currículo integral a partir da parceria entre instituições formal e não-formal supõe:
I - Superar a fragmentação das disciplinas trabalhadas na escolarização formal.
II – integrar o conhecimento e as experiências necessários para a formação do cidadão nas atividades – formais e naquelas que são organizadas no contra turno escolar pela instituição não-formal.
III – redimensionar a proposta pedagógica que considere não apenas a gestão de um contra turno, mas a organização de uma proposta curricular integrada e articulada em um projeto político-pedagógico mais amplo.
Assinale a alternativa correta:
Escolha uma:
a. Somente II e III.
b. Somente I e II.
c. Somente II.
d. I, II e III. Correto
e. Somente III.
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CORRETA: I, II e III