Em toda parte onde [o inglês] domine e impere, todo esforço consiste em reduzir as civilizações estranhas ao tipo da sua civilização […]. O mal não é grande quando eles operam sobre a Zululândia e sobre a Cafraria, nessas vastidões da Terra Negra, onde o selvagem e a sua cubata mal se distinguem da ervas e das rochas, e são meros acessórios da paisagem: aí encontram apenas uma matéria bruta, onde nenhuma anterior forma de beleza original se estraga, quando eles a refundem para a fazer à sua imagem.. Vestir o desventurado rei negro Cetewayo, como eles agora fizeram, de coronel de infantaria, obrigar os chefes dos Basutos a saber de cor os nomes da família real inglesa, são talvez atos de feroz despotismo, mas não deterioram nenhuma primitiva originalidade de linha ou de ideia. Para Cetewayo, que andava nu, uma fardeta, mesmo de infantaria, não faz senão vesti-lo [...].
a) Para o autor, como os ingleses agem diante dos africanos?
b) Qual a percepção do autor sobre os povos africanos?
c) Identifique no texto de Eça de Queiroz como a teoria racista é utilizada para justificar a ação imperialista dos ingleses junto a povos africanos.
a) O autor aponta que os ingleses adotavam na África um comportamento que aplicavam igualmente em outros locais. Tentavam transformar o local onde estavam na imagem de sua própria civilização.
b) No trecho citado, o autor identifica os povos africanos com a vida simples (ele usa o termo "primitiva originalidade").
c) O texto fala logo no começo em "reduzir as civilizações estranhas", e mais adiante menciona que os colonizadores "refundem [a beleza] para fazer à sua imagem". Cita que atos como vestir com farda militar um rei que andava nu constituem "feroz despotismo".
Eça de Queirós e a crítica ao colonialismo
O exercício traz um texto de "Cartas da Inglaterra", do escritor português Eça de Queirós. O autor, que era conhecido por sua ironia, faz críticas ao modelo de colonialismo inglês, que molda as demais culturas à sua própria.
a) Na percepção de Eça de Queiroz os inglês se dedicam e não medem esforços para tirar os africanos de um estado de selvageria e civilizá-los.
b) Na percepção de Eça de Queiroz os africanos vivem em um estado de selvageria, brutalidade, e se mostram indiferentes aos esforços ingleses de civilizá-los.
c) Eça de Queiroz, em harmonia com os pressupostos racistas, vigentes desde o século XIX, justifica a dominação cultural sobre as nações africanas, por considerá-las, selvagens, atrasadas, inferiores. Sua percepção vai ao encontro da percepção dos colonizadores europeus, que colocavam como emissários da civilização.
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a) O autor aponta que os ingleses adotavam na África um comportamento que aplicavam igualmente em outros locais. Tentavam transformar o local onde estavam na imagem de sua própria civilização.
b) No trecho citado, o autor identifica os povos africanos com a vida simples (ele usa o termo "primitiva originalidade").
c) O texto fala logo no começo em "reduzir as civilizações estranhas", e mais adiante menciona que os colonizadores "refundem [a beleza] para fazer à sua imagem". Cita que atos como vestir com farda militar um rei que andava nu constituem "feroz despotismo".
Eça de Queirós e a crítica ao colonialismo
O exercício traz um texto de "Cartas da Inglaterra", do escritor português Eça de Queirós. O autor, que era conhecido por sua ironia, faz críticas ao modelo de colonialismo inglês, que molda as demais culturas à sua própria.
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#SPJ1
a) Na percepção de Eça de Queiroz os inglês se dedicam e não medem esforços para tirar os africanos de um estado de selvageria e civilizá-los.
b) Na percepção de Eça de Queiroz os africanos vivem em um estado de selvageria, brutalidade, e se mostram indiferentes aos esforços ingleses de civilizá-los.
c) Eça de Queiroz, em harmonia com os pressupostos racistas, vigentes desde o século XIX, justifica a dominação cultural sobre as nações africanas, por considerá-las, selvagens, atrasadas, inferiores. Sua percepção vai ao encontro da percepção dos colonizadores europeus, que colocavam como emissários da civilização.
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