O texto abaixo trata da veracidade das fontes orais.

“Informações históricas relativas a fatos, como a chegada dos portugueses ao Brasil ou a abolição da escravatura, são de fácil acesso em arquivos. Nesses locais, no entanto, só se encontram versões oficiais. "Existem muitas outras", afirma Santos, docente da USP. O que pensavam os índios e os escravos nesses momentos históricos? São poucos os documentos que trazem a voz dos dois grupos. Considerar apenas arquivos escritos como comprovações verdadeiras é desconsiderar, por exemplo, a memória de sociedades indígenas. Sem papéis, valem as lembranças dos mais velhos, transmitidas oralmente aos mais jovens — única forma possível de reconstrução do passado. Há historiadores que não reconhecem os relatos orais como fontes históricas. Eles apontam que a memória falha e que o presente recria lembranças que transformam o passado. É importante compreender que memória é cultura e também poder. Os arquivos oficiais contêm as versões que mais interessam às classes sociais que dominaram e dominam as sociedades”.
Disponível em: . Acesso em: 28 jul. 2017.

A partir da leitura, assinale a afirmativa que traduz a ideia contida no texto.
Alternativas
Alternativa 1:
Toda memória é oficial. Assim, na história, o que predomina são as versões que interessam às classes dominantes.

Alternativa 2:
O crescimento do uso de fontes orais na história tem levado os historiadores a ignorar as histórias oficiais, negando a sua legitimidade.

Alternativa 3:
Os historiadores da contemporaneidade afirmam que apenas os livros são confiáveis, pois contêm versões históricas que nos contam o fato realmente acontecido.

Alternativa 4:
Na história, é importante comparar informações e formular hipóteses, por meio da consulta a arquivos de relatos orais, mas esses praticamente não existem no Brasil.

Alternativa 5:
Nenhum historiador reconhece os relatos orais como fontes históricas, pois, para eles, a memória é falha e o presente recria lembranças que transformam o passado.
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1ª QUESTÃO Um dos temas que causou debate pela comissão especial da câmara para a aprovação da redação final do PNE (2011-2022) foi à diretriz que propunha a superação das desigualdades educacionais. A redação, conforme a discussão da Conferência Nacional de Educação (CONAE), era ?com ênfase na promoção da igualdade racial, regional, de gênero e de orientação sexual?, um dos pontos mais polêmicos do projeto, foi rejeitado pela câmara dos deputados com forte argumento conservador. Assim, fica mantida a redação do Senado, que determina a ?promoção da cidadania e a erradicação de todas as formas de discriminação?. A respeito da mudança da redação do PNE, assinale a opção correta. ALTERNATIVAS O texto inicial, por trazer a ênfase na igualdade de gênero e orientação sexual, permitiria a adoção de materiais didáticos e atividades escolares que incentivassem a homossexualidade. Tratar a discussão sobre gênero e diversidade sexual como matéria de educação significaria dar um passo importante para reduzir as desigualdades e a violência que marcam o país. A mudança da redação foi um passo atrás na discussão sobre diversidade. O texto da Conae, ao trazer as palavras "gênero" e "orientação sexual", defendiam à homofobia e o preconceito contra as mulheres. A escola é um espaço fundamental de socialização, de disseminação de valores e concepções morais. Entende-se que a lei deve expressar um conceito cristão de homem e mulher. A mudança da redação foi um avanço na discussão sobre diversidade e no combate a homofobia e preconceito em relação as mulheres.
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