1ª QUESTÃO Um dos temas que causou debate pela comissão especial da câmara para a aprovação da redação final do PNE (2011-2022) foi à diretriz que propunha a superação das desigualdades educacionais. A redação, conforme a discussão da Conferência Nacional de Educação (CONAE), era ?com ênfase na promoção da igualdade racial, regional, de gênero e de orientação sexual?, um dos pontos mais polêmicos do projeto, foi rejeitado pela câmara dos deputados com forte argumento conservador. Assim, fica mantida a redação do Senado, que determina a ?promoção da cidadania e a erradicação de todas as formas de discriminação?. A respeito da mudança da redação do PNE, assinale a opção correta. ALTERNATIVAS O texto inicial, por trazer a ênfase na igualdade de gênero e orientação sexual, permitiria a adoção de materiais didáticos e atividades escolares que incentivassem a homossexualidade. Tratar a discussão sobre gênero e diversidade sexual como matéria de educação significaria dar um passo importante para reduzir as desigualdades e a violência que marcam o país. A mudança da redação foi um passo atrás na discussão sobre diversidade. O texto da Conae, ao trazer as palavras "gênero" e "orientação sexual", defendiam à homofobia e o preconceito contra as mulheres. A escola é um espaço fundamental de socialização, de disseminação de valores e concepções morais. Entende-se que a lei deve expressar um conceito cristão de homem e mulher. A mudança da redação foi um avanço na discussão sobre diversidade e no combate a homofobia e preconceito em relação as mulheres.
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Leia o poema que segue: “Empresta-me sua voz.... Dá-me pela palavra, que é sua, o direito de ser eu; Permita-me contar como foi, como vejo, ou pelo menos como vi. Deixe-me dizer, não como aquele que faz da saudade um projeto de vida nem da memória um exercício. Tenho uma história, minha, pequena mas única. Pergunte-me o que quiser, mas deixe-me falar o que sinto. Dir-lhe-ei minha verdade como quem talha o passado, flanando sobre dores e alegrias. Contar-lhe-ei o que preciso como alguém que anoitece depois da aventura de auroras e tempestades, como alguém que destila a emoção de ter estado. Farei do meu relato mais que uma oração, um registro. Oração e registro simples, de indivíduo na coletividade que nos une. Empresta-me sua voz e letra para dizer que provei o sentido da luta, para responder ao poeta que “sim”, que valeu a pena e que a alma é enorme. Empresta-me o que for preciso: a voz, a letra e o livro para dizer que experimentei a vida e que, apesar de tudo, também sou história” . MEIHY, Antonio Carlos Sebe. Lido na Sessão de abertura do I Encontro Regional de História Oral Sudeste/sul. O poema refere-se à história oral e, dele, podemos extrair as seguintes propositivas: Alternativas Alternativa 1: Trata-se da fala de um pesquisador que utiliza a história oral como metodologia de pesquisa. Alternativa 2: Trata-se da fala de um entrevistado que quer que suas memórias sejam registradas em livros para mostrar que a vida valeu a pena. Alternativa 3: Trata-se de uma entrevista em que o entrevistador supervaloriza a história de outrem, desmerecendo a própria história do entrevistado. Alternativa 4: Trata-se da solicitação de um sujeito que, a despeito de sua vida simples, entende que sua experiência também é história e merece registro. Alternativa 5: Trata-se do diálogo entre entrevistador e entrevistado, em que o primeiro se propõe a emprestar a voz, a letra e o livro para narrar as memórias do segundo.
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Enfrentamos, sem dúvida, a problemática que situa o debate entre a 'memória coletiva' e o que se convencionou denominar de 'memória histórica' . Maurice Halbwachs, ao analisar, de forma detalhada, a memória e suas dimensões individual, coletiva e histórica, estabelece uma nítida distinção entre história e memória”. “Enquanto a memória é múltipla, a história é uma e podemos dizer que não há, senão uma história. Por outro lado, a memória trabalha com o vivido, o que ainda está presente no grupo, enquanto a história trabalha e constrói uma representação de fatos distantes, ou mesmo onde ou quando se encerra a possibilidade de encontrar testemunhas daquela lembrança”. MONTENEGRO, Antônio Torres. História oral e memória. A cultura popular revisitada. São Paulo: Contexto, 2007, p. 17. A partir da leitura dos fragmentos motivadores citado acima, podemos afirmar que: Alternativas Alternativa 1: Apesar de reconhecer a importância da história, a memória é o que efetivamente interessa ao historiador. Alternativa 2: A história opera sempre com o que de fato aconteceu, assim, a ela o que interessa resgatar são as fontes oficiais. Alternativa 3: A relação entre memória e história e suas diferenças têm-se colocado como uma questão angular no debate da história oral. Alternativa 4: A relação entre memória e história ainda é um processo em construção, não havendo necessidade específica de aprofundamento dessa questão. Alternativa 5: A memória coletiva de um grupo representa acontecimentos, situações e fatos que não podem ser questionados, pois são conhecimentos sociais.
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O texto abaixo trata da veracidade das fontes orais. “Informações históricas relativas a fatos, como a chegada dos portugueses ao Brasil ou a abolição da escravatura, são de fácil acesso em arquivos. Nesses locais, no entanto, só se encontram versões oficiais. "Existem muitas outras", afirma Santos, docente da USP. O que pensavam os índios e os escravos nesses momentos históricos? São poucos os documentos que trazem a voz dos dois grupos. Considerar apenas arquivos escritos como comprovações verdadeiras é desconsiderar, por exemplo, a memória de sociedades indígenas. Sem papéis, valem as lembranças dos mais velhos, transmitidas oralmente aos mais jovens — única forma possível de reconstrução do passado. Há historiadores que não reconhecem os relatos orais como fontes históricas. Eles apontam que a memória falha e que o presente recria lembranças que transformam o passado. É importante compreender que memória é cultura e também poder. Os arquivos oficiais contêm as versões que mais interessam às classes sociais que dominaram e dominam as sociedades”. Disponível em: . Acesso em: 28 jul. 2017. A partir da leitura, assinale a afirmativa que traduz a ideia contida no texto. Alternativas Alternativa 1: Toda memória é oficial. Assim, na história, o que predomina são as versões que interessam às classes dominantes. Alternativa 2: O crescimento do uso de fontes orais na história tem levado os historiadores a ignorar as histórias oficiais, negando a sua legitimidade. Alternativa 3: Os historiadores da contemporaneidade afirmam que apenas os livros são confiáveis, pois contêm versões históricas que nos contam o fato realmente acontecido. Alternativa 4: Na história, é importante comparar informações e formular hipóteses, por meio da consulta a arquivos de relatos orais, mas esses praticamente não existem no Brasil. Alternativa 5: Nenhum historiador reconhece os relatos orais como fontes históricas, pois, para eles, a memória é falha e o presente recria lembranças que transformam o passado.
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