Segundo especialistas da BBC News Brasil, na Argentina, amparados por análises da conceituada revista "The Economist", aquele país tem pela frente um aumento nas tarifas de serviços públicos e uma provável desvalorização da moeda que pode levar a inflação a um patamar de 100%.
"O atual ritmo de aumento de preços na Argentina já é o mais alto de todo o continente americano, superando, em julho último, até mesmo a Venezuela." (The Economist, 12 de agosto de 2022).
Na década de 1980, definida pelos especialistas como a "década perdida" na América Latina, a situação com hiperinflações, era muito mais grave.
Não era incomum, por exemplo, receber o salário e correr para o supermercado para fazer a compra do mês.
Conforme cita a economista ELISABETE BACIGALUPO, da consultoria ABECEB, de Buenos Aires:
"Quatro motivos são possíveis para aquelas dificuldades argentinas:
1 > Alta do dólar;
2 > Remarcação de preços;
3 > Interferência no Banco Central;
4 > Deficit público."
Prossegue aquela economista:
"Quando o dólar sobe, os argentinos que podem, correm para comprar a moeda americana para poupar e os comerciantes remarcam preços automaticamente.
O dólar funciona como um termômetro de expectativas de como vai a economia por aqui."
Ela afirma ainda:
"O fato de o Banco Central não ter sido independente ao longo de anos, com os governantes dando palpites ou interferindo na emissão monetária, contribui para gerar inflação e incertezas."
"A Argentina - explica a consultora - tem ainda uma economia frágil e com deficit (gasta mais do que o seu PIB), cenário que também não ajuda a acalmar a inflação."
"A Argentina já teve diversas tentativas de controlar os preços.
Na década de 1990, durante a controversa conversibilidade, quando o peso (moeda local) era atrelado e tinha igual valor que o dólar, o país experimentou a deflação - o que também foi apontado pelos economistas como problemático e recessivo - finaliza aquela consultora."
Explicação:
Acredito que o texto tenha ficado bom.
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ProfessorELEILÇON
Disponha sempre deste seu amigo, Professor Eleilçon.
eilvanacatherine12
Olá professor, poderia me ajudar? https://brainly.com.br/tarefa/53988698
Lista de comentários
Resposta:
Segundo especialistas da BBC News Brasil, na Argentina, amparados por análises da conceituada revista "The Economist", aquele país tem pela frente um aumento nas tarifas de serviços públicos e uma provável desvalorização da moeda que pode levar a inflação a um patamar de 100%.
"O atual ritmo de aumento de preços na Argentina já é o mais alto de todo o continente americano, superando, em julho último, até mesmo a Venezuela." (The Economist, 12 de agosto de 2022).
Na década de 1980, definida pelos especialistas como a "década perdida" na América Latina, a situação com hiperinflações, era muito mais grave.
Não era incomum, por exemplo, receber o salário e correr para o supermercado para fazer a compra do mês.
Conforme cita a economista ELISABETE BACIGALUPO, da consultoria ABECEB, de Buenos Aires:
"Quatro motivos são possíveis para aquelas dificuldades argentinas:
1 > Alta do dólar;
2 > Remarcação de preços;
3 > Interferência no Banco Central;
4 > Deficit público."
Prossegue aquela economista:
"Quando o dólar sobe, os argentinos que podem, correm para comprar a moeda americana para poupar e os comerciantes remarcam preços automaticamente.
O dólar funciona como um termômetro de expectativas de como vai a economia por aqui."
Ela afirma ainda:
"O fato de o Banco Central não ter sido independente ao longo de anos, com os governantes dando palpites ou interferindo na emissão monetária, contribui para gerar inflação e incertezas."
"A Argentina - explica a consultora - tem ainda uma economia frágil e com deficit (gasta mais do que o seu PIB), cenário que também não ajuda a acalmar a inflação."
"A Argentina já teve diversas tentativas de controlar os preços.
Na década de 1990, durante a controversa conversibilidade, quando o peso (moeda local) era atrelado e tinha igual valor que o dólar, o país experimentou a deflação - o que também foi apontado pelos economistas como problemático e recessivo - finaliza aquela consultora."
Explicação:
Acredito que o texto tenha ficado bom.