Após o início da escravidão no Brasil, toda a economia e todo o funcionamento da sociedade brasileira passaram a ser dependentes da mão de obra desses escravos. Além das rendas exorbitantes com o tráfico negreiro, os escravos eram plantadores e moedores de cana, produto que movimentava mais de 50% da economia brasileira antes do café, derrubavam matas e semeavam mudas, eram vaqueiros, remeiros, pescadores, mineiros e lavradores. Artíficies, caldeireiros, marcenerios, ferreiros, pedreiros, domésticos, pajens, guarda-costas, capangas, capitães-do-Mato, feitores e até carrascos. Estavam em todos os lugares: Cidades, lavouras, vilas, portos, mercados e palácios. Carregavam baús, caixas, Cestas, pedras, terra, ouro e dejetos.

Os escravos não foram só as mãos e os pés, foram os olhos e braços dos donos de mina, pastores dos rebanhos e as bestas de carga. Os ombros que carregaram o país. Foram ventre da população mestiça e o seio que amamentou os filhos dos senhores.

Dentro da Sociedade Colonial, os escravos eram a base que a tudo movimentavam. Desde a cana ao café, e todas as atividades que desenvolviam-se nos engenhos, os escravos estavam presentes e eram eles que as realizam. E se os engenhos eram o Brasil, o Brasil era os escravos.