A História da educação brasileira tem inúmeras fases e personagens. Ela é rica na expressão das lutas que o país teve para mudar sua realidade, mas também, o quanto ela foi instrumento de permanência das injustiças e contrariedades que a nação viveu. Em diversos momentos a educação foi discutida como um importante instrumento de mudança. Marcada como a possiblidade de superação de velhos problemas que persistem no cotidiano do país. Preconceito, violência, desigualdade econômica, formação de caráter moral e conhecimento da realidade social são alguns temas que norteia as buscas dos educadores. Tendo como tema a história da educação brasileira e sobre seus conhecimentos sobre os diversos fatos que marcam esta trajetória, avalie as afirmações a seguir. I. Em muitos momentos a educação foi exaltada como um meio de superação dos problemas do país, mas, neste mesmo momento ela serviu como um meio de discriminação. Um bom exemplo é o da Primeira República (1889 a 1930). Neste período, ao mesmo tempo que só as pessoas do sexo masculino e alfabetizadas poderiam voltar, praticamente dois terços da população não se encaixava neste critério. II. Um importante passo para a abolição da escravidão foi a Lei Saraiva Cotegipe (1850), nela, os escravizados e libertos foram incluídos na política educacional do Estado. O que levou a implantação de inúmeras escolas pelo país e a inclusão de jovens que saindo do trabalho compulsório puderam ter uma oportunidade na sociedade. III. Uma das medidas mais inclusivas da história brasileira em relação a política educacional está na Reforma Gustavo Capanema, de 1934. Por ela, todas as crianças puderam ter acesso a educação, seja na cidade ou no campo. Desta forma, se garantiu o ensino público e gratuito desde a alfabetização ao ensino superior. IV. Entre os altos e baixos da educação brasileira, podemos considerar que ocorreram inúmeras reformas no ensino. Entre elas, um dos debates permanentes, estava a discussão sobre a formação humana e a educação para o trabalho. Durante o chamado Esta
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Para quem atua na educação sempre se ouve falar sobre a Didática. Uma disciplina, um campo de saber, que se tornou essencial na vida dos educadores. Muitos de nós, em nossa formação, tivemos uma disciplina com este nome. Mas, o que ela representa? O que conhecemos como didática já foi discutido ao longo da história e ganhou atenção especial no Século XVII. O pensador que se reporta como fundador do campo de conhecimento com especificidade no que considerava como a Arte de Ensinar, foi Comenius. Em sua obra “Didática Magna: Tratado da Arte de Ensinar Tudo a Todos”, ele vai buscar definir um comportamento necessário do educador para com o educando. Nesta concepção de Comenius e na origem da concepção do que é a Didática, assinale a alternativa correta. Alternativas Alternativa 1: O professor deve se preocupar em tratar o aluno de forma generalizada. Além do controle disciplinar, da postura e dos castigos como uma condição vital para que a educação se dê da melhor forma, o aluno deve ser visto com uma extensão da vontade do professor. Alternativa 2: Um educador severo e com uma formação militar, ele acreditava que a disciplina rígida, de controle do corpo e submissão da vontade a razão era o fator de qualificação da educação e de sua eficiência. Educar é disciplinar o corpo e a mente, reproduzir gestos, gravar conteúdos através da repetição. Alternativa 3: Didática é comparada a uma arte por Comenius. Para ele, educar é moldar a mente do aluno e lhe ?talhar? a compreensão da realidade marcando profundamente sua vida. De certa forma, educar é uma arte do educador construída na relação do aluno obedecendo determinadas condutas. Alternativa 4: Didática é a condição de atuação do professor junto ao aluno, na prática o ambiente escolar. Hoje, esta definição está mais relacionada aos arquitetos. Se considera que a disposição dos alunos em relação ao espaço físico onde vai se ministrar a aula deve obedecer a critérios arquitetônicos orientados pela didática. Alternativa 5: Comenius, assim com Rousseau, valorizava a lib
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No pensamento educacional contemporâneo, muitos autores ganharam força e se tornaram destaque ao definir o conceito da existência humana e o papel que ele desempenha na vida. Três autores são referência nesta concepção: Hegel, Marx e Nietzsche. O primeiro deles. Hegel, é um pensador alemão do final do Século XVIII e Início do Século XIX. Ele foi um defensor do idealismo e da dialética. Considerava que um determinado objeto de análise, um determinado tema, deve sempre estar vinculado ao momento histórico que é produzido. O segundo pensador desta lista, Marx, foi discípulo de Hegel, mas divergiu do seu mestre na compreensão dos fatores que determinam a consciência humana. Marx, defensor do materialismo históricos e dialético, criticava as relações de produção da vida material, a economia capitalista e seu sistema de organização social. Já, o terceiro pensador apresentado, Nietzsche, é um crítico da filosofia moderna. Ele considera que tudo o que a civilização ocidental produziu e fez do conhecimento fracassou. Não conseguimos dar um sentido real a vida humana e geramos uma doutrina autoritária da vida idealizando ou supervalorizando a razão. Você terá, na sequência, duas afirmações. Você deve analisá-las, compará-las e posteriormente associá-las aos autores (Hegel, Marx e Nietzsche). Afirmativa I Devemos considerar que a sociedade capitalista está sustentada nas relações de produção dominadas pela classe burguesa, a qual detém os meios para a produção da vida material. Esta vida que é medida pela mercadoria. Vida que só é possível manter se nos submetermos as relações de produção que tem no assalariamento da mão-de-obra uma de suas características principais. Desta forma, a educação é uma condição criada pelas relações capitalistas e que tem como finalidade garantir a permanência da classe operária como assalariada, submissa a dominação capitalista e, por fim, burguesa. Afirmativa II Há um desencantamento com este mundo. O que construímos como a busca de felicidade nesta sociedade é o culto a razão ou uma percep
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O método cartesiano e sua postura focada em um método racional universal acaba por influenciar a educação. Junto com o empirismo, que ironicamente foi uma crítica ao racionalismo, a educação se moldou. A busca de uma escola que seja marcada por disciplinas com um conhecimento específico e um método rígido. A universalidade das condições metodológicas que nos faz conhecer a realidade, a natureza que nos cerca. Muito daquilo que criticamos na escola tradicional tem suas bases no método cartesiano. A imparcialidade do conhecimento é uma delas. Um saber que não tem influência de elementos religiosos e ideológicos, um conhecimento puro. Sobre o que chamamos de educação tradicional e suas bases gerais de consideração sobre o que é a aprendizagem, o papel do professor, do aluno e do próprio conhecimento, julgue as afirmativas abaixo: I. Na educação tradicional o foco é o conteúdo. O professor deve ser um transmissor dele. A reprodução do conhecimento é a busca do aluno. Aquele que consegue gravar e reproduzir o conhecimento com mais eficiência tem o melhor desempenho na avaliação. II. E a avaliação é uma medida que busca generalizar potenciais de aprendizagem capazes de mensurar o desempenho de todos os alunos. Estes, os alunos, são vistos com uma taba-rasa. Eles são depósitos de um conhecimento que se adquire em proporções que devem ser idênticas nas condições e diferentes na eficiência. III. E a eficiência da educação se dá quando há reprodução do saber se estabelece. O experimento comprovatório de que ocorreu o aprendizado é a capacidade do aluno de reter fórmulas, definições, cronologia e fatos históricos, relevos, climas e suas características, autores e suas obras. IV. A crítica ao conteúdo é o principal foco da escola tradicional. Todo o saber transmitido pelo professor deve ser duvidado. O aluno é avaliado pela capacidade de perguntas que é capaz de fazer para o conhecimento que é apresentado. Aquele que reproduz o saber sem lhe fazer a devida crítica e transformá-lo, é reprovado. É correto o que se afirma em
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Quando estamos em sala de aula raramente nos questionamos o porquê nossa educação é da forma que é. Por que temos que conhecer as bases do pensamento científico nas diversas áreas do conhecimento? Analisar o mundo através da ciência, na observação e comprovação dos fatos, compreender sua lógica. Se um dia você quiser responder a esta questão terá que retornar e analisar na História o que foi o racionalismo. Um movimento filosófico que rompeu com o pensamento predominante na medievalidade, onde o centro da lógica é Deus. Ou seja, não se poderia questionar a existência divina e, mais que isso, ele, Deus, era o princípio de todas as coisas. O pensamento ocidental rompe com esta percepção que denominamos de “teocêntrica”. Vamos dizer que tiramos Deus das coisas humanas e deixamos as cousas e consequências do que nos move mais ao alcance dos seres-humanos. Renê Descartes (1596-1650) foi a maior expressão deste pensamento. Ele busca formular um método de observação sobre o mundo, uma forma de conhecer o Universo e dominar suas leis. Sobre o que denominamos de movimento racionalista, julgue as afirmativas que seguem: I. Para Descartes, assim como para São Tomás de Aquino, o jovem deve aprender em primeiro lugar as leis de Deus e depois entender com a razão os fatores que determinam a vida humana pela lógica do conhecimento científico. II. Criticando a escolástica, Descartes considera que a razão antecede a fé. O crer deve se sustentar no conhecer. Por isso, segundo o pensador francês, de tudo deve se duvidar, a tudo deve-se questionar. III. O método cartesiano parte de que tudo o que se busca como verdade deve ser comprovadamente verdadeiro, indubitável, transparente e preciso para que todos possam ter como uma verdade. IV. Para ele, Descartes, temos que ser capaz de desdobrar, desmanchar, dividir, compartimentalizar o problema. Saber observar todos os elementos que constituem o fato é demonstrar através de suas partes a condição de sua unidade. É correto o que se afirma em: Alternativas Alternativa 1: I e IV, apena
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Em relação a História da educação no Brasil, a Companhia de Jesus foi quem introduziu a educação no colonial, com caráter conservador e religioso. A respeito deste assunto, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I. A presença dos jesuítas no Brasil constituiu fatores importantes para a educação, uma vez que conseguiu reunir todos os esforços da coroa portuguesa para dispor os meios de educar as massas populares indígenas, pois fundamentada nos ideais iluministas, a nobreza real visava proporcionar a liberdade, igualdade e fraternidade dos povos. PORQUE II. No Brasil, assim como nas colônias católicas onde a Ordem se estabeleceu, a prática dos padres jesuítas era voltada à conversão das pessoas nativas e instrução da cristandade. O professor, o padre jesuíta, era o elemento principal da educação. Tinha sobre sua responsabilidade a preparação diária de materiais de educação e correção de atividades, o que exigia demasiadamente dos mestres da Ordem. Acerca dessas asserções, assinale a opção correta. ​ Alternativas Alternativa 1: As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. Alternativa 2: As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. Alternativa 3: A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa. Alternativa 4: A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira. Alternativa 5: As asserções I e II são falsas.
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