Leia o poema que segue: “Empresta-me sua voz.... Dá-me pela palavra, que é sua, o direito de ser eu; Permita-me contar como foi, como vejo, ou pelo menos como vi. Deixe-me dizer, não como aquele que faz da saudade um projeto de vida nem da memória um exercício. Tenho uma história, minha, pequena mas única. Pergunte-me o que quiser, mas deixe-me falar o que sinto. Dir-lhe-ei minha verdade como quem talha o passado, flanando sobre dores e alegrias. Contar-lhe-ei o que preciso como alguém que anoitece depois da aventura de auroras e tempestades, como alguém que destila a emoção de ter estado. Farei do meu relato mais que uma oração, um registro. Oração e registro simples, de indivíduo na coletividade que nos une. Empresta-me sua voz e letra para dizer que provei o sentido da luta, para responder ao poeta que “sim”, que valeu a pena e que a alma é enorme. Empresta-me o que for preciso: a voz, a letra e o livro para dizer que experimentei a vida e que, apesar de tudo, também sou história” . MEIHY, Antonio Carlos Sebe. Lido na Sessão de abertura do I Encontro Regional de História Oral Sudeste/sul. O poema refere-se à história oral e, dele, podemos extrair as seguintes propositivas: Alternativas Alternativa 1: Trata-se da fala de um pesquisador que utiliza a história oral como metodologia de pesquisa. Alternativa 2: Trata-se da fala de um entrevistado que quer que suas memórias sejam registradas em livros para mostrar que a vida valeu a pena. Alternativa 3: Trata-se de uma entrevista em que o entrevistador supervaloriza a história de outrem, desmerecendo a própria história do entrevistado. Alternativa 4: Trata-se da solicitação de um sujeito que, a despeito de sua vida simples, entende que sua experiência também é história e merece registro. Alternativa 5: Trata-se do diálogo entre entrevistador e entrevistado, em que o primeiro se propõe a emprestar a voz, a letra e o livro para narrar as memórias do segundo.
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Marquei a alternativa 4 .