Hoje no Brasil o planejamento possui duas principais frentes de ações: o Estado capturado pelo privado versus a democratização no combate à pobreza, exclusão e opressão (ROLNIK, 2015). Muitos técnicos tem suas esperanças depositadas no “nem tudo está perdido”, pois ainda é possível realizar regularização fundiária herança da Constituição Federal de 1988. O acesso a educação e formação foi ampliada, trazendo a tona novos e reformulados movimentos sociais, a favor das classes formadas por minorias e do acesso ao seu lugar na cidade.
O auxílio e o acesso às políticas públicas não permitiu atingir a total democratização. O resultado urbano foi a periferização das cidades, com tecidos urbanos dispersos e fragmentados, e como efeito colateral tem-se a evidente segregação urbana continuada. Essa realidade é mascarada pela ilusão de que os problemas urbanos são causados somente pelo modo de crescimento desordenado. Mas, a realidade é a de que o Estado não consegue resolvê-los, uma vez que os Planos Diretores Municipais não se articularam com as ações públicas e os cidadãos não encaram a sua parte da tarefa.
O que você aluno (a) pensa a respeito dessa realidade urbana atual? (1) Como o planejamento pode contribuir para melhorar o acesso à cidade para todos? (2) Você já participou de algum processo de planejamento na cidade onde vive, se não participou como poderia fazé-lo? (3) Já participou de movimentos sociais em defesa da democracia, se não participou como poderia participar?²²²