October 2020 1 212 Report
Leia o fragmento do livro intitulado:Prova:um momento privilegiado de estudo, não acerto de contas de Vasco Pedro Moretto.
"Conta-se que um menino pobre, criado num contexto pobre, foi para a escola e com freqüência dizia 'cabeu' no correr de suas conversas. A professora preocupada o corrigia dizendo: 'não é cabeu, é coube! ' O menino repetia 'coube', mas logo em seguida se distraía e vinha novamente com 'cabeu'. Após certo número de tentativas infrutíferas para corrigir o aluno, a professora o chamou, entregou uma folha de papel e disse: 'Agora vamos ver se você aprende de uma vez por todas. Enquanto os outros vão para o recreio, você fica em sala e escreve cem vezes coube nesta folha'. O aluno muito contrariado começou a escrever. Após certo tempo, havia preenchido a página toda com coube, coube, coube... Entregou para a professora e essa, desconfiada, contou quantas vezes o aluno havia escrito. Foram apenas 98. Reclamou, então: 'Eu não mandei você escrever 100 vezes? Você está querendo me enganar? Aqui só tem 98.' O aluno, na maior simplicidade se justificou; 'É que não cabeu na folha, professora'." (MORETTO, 2001, p. 69)
Separando o aspecto cômico, esta situação escolar traz algumas informações, entre elas, que o discurso da ação educativa mostra que a professora acredita  que aprendizagem depende:
a)da memorização da palavra que , pela repetição exaustiva da grafia correta da punição, permitira que o erro seja banido.
b) deve ser aceito todos os erros, porque é uma linguagem possível de ser compreendida.
c)da compreensão do erro cometido 
 d)da verificação dos motivos do erro em relação ao uso de forma irregular do verbo caber e coube. 
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