Maria é mãe de sete filhos, todos em idade escolar, e deseja matricular o seu caçula em uma creche próxima à sua casa. Essa necessidade surgiu porque conseguiu um trabalho de meio período como auxiliar de limpeza em uma empresa no centro da cidade. Ninguém pode ficar com seu caçula de 8 meses, já que sua mãe e irmãos moram em outro estado e Maria acabou de se separar de seu cônjuge nesse mês. Ao chegar na secretaria da creche, foi informada que esta não tem mais vagas. A secretaria que atendeu Maria fez uma ligação e constatou que no Centro de Educação Infantil (CEI), localizado a um quilômetro dali, ainda era possível conseguir uma matrícula. Maria ficou aliviada, mas foi até lá com muito receio, pois sabe que os gestores desta escola não gostam dela e de seus filhos, porque os mesmos já estudaram naquela instituição e foram transferidos para outras escolas por mal comportamento, apesar de Maria ter reclamado da ação da escola e até ter se indisposto com o diretor. Já na secretaria da CEI, Maria, confirmando seu receio, foi maltratada (funcionários nada cordiais, com respostas ásperas e meia hora de espera para o primeiro atendimento) e foi informada que não havia vaga para seu filho lá. Ela respondeu lembrando da ligação da secretária da creche, que confirmou a vaga, mas não houve negociação e sua matrícula foi negada. Maria, muito indignada, disse que iria à justiça, sendo que a secretária da CEI lhe disse que fazia muito mal em praticar tal ação, pois o sistema judiciário não controla a oferta de vagas, não pode interferir em assuntos do poder executivo e que ela deveria procurar no máximo a Secretaria de Educação do seu município, mas que isso em nada adiantaria, pois não iriam abrir uma creche só para o seu filho. A secretária concluiu que pessoas pobres têm mania de recorrer à justiça para tudo, sem o mínimo conhecimento do que isso significa. Após analisar o caso acima, leia os pareceres abaixo, escolha o correto e justifique a sua escolha com base nos argumentos lançados por Salomão Ximenes na videoaula dessa semana. a) A secretária da escola errou parcialmente em sua conduta, já que acertou quando falou da interferência de poderes, mas errou em sua generalização, já que as pessoas pobres dificilmente buscam o poder judiciário para solucionar os seus direitos. b) A secretária errou totalmente na condução da questão, já que negou dois direitos básicos: educação e justiça. c) A secretária da escola acertou totalmente na condução do problema, já que ofertar a vaga para uma mãe que não controla seus filhos tiraria automaticamente a vaga de uma mãe que realmente precise da vaga. Ela também foi muito assertiva na divisão dos poderes políticos. d) A secretária acertou parcialmente, uma vez que encaminhou Maria à Secretaria de Educação e informou sobre os limites do poder judiciário, mas errou em não atendê-la de forma cordial, utilizando seu histórico como base para o oferecimento de novas matrículas aos seus filhos.
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