PERGUNTA 3 Ao discutir a análise hermenêutica do texto narrativo, Ricouer afirma que “por isso, o que o texto significa interessa agora mais do que o autor quis dizer quando escreveu”. RICOEUR, P. Tempo e Narrativa. Campinas: Papirus, 1996. Aponte a diferença que Ricouer reconhece na interlocução entre a narrativa oral e a narrativa escrita. a. Tanto na narrativa oral quanto na escrita, o mais importante é o que o narrador deseja exprimir e é necessário que o interlocutor faça um esforço — menor na narrativa oral e maior na escrita — para atingir esse significado. b. Na narrativa escrita, existe presença maior da subjetividade do narrador, que não está presente na interlocução. Enquanto, na narrativa oral, os significados não coincidem com a intenção do narrador porque o interlocutor tem acesso maior ao contexto. c. Na narrativa oral, existe a presença da subjetividade do narrador que está presente na situação de interlocução, ao contrário do discurso escrito, em que a intenção do autor e o significado não mais coincidem. d. Na narrativa oral aparecem apenas os sentidos exatos que o narrador deseja exprimir e no discurso escrito é preciso dar muitos indícios do sentido para que o leitor chegue exatamente ao que o narrador deseja exprimir. e. Tanto na narrativa oral quanto na escrita, o mais importante é o que o interlocutor entende, deixando de lado as intenções do narrador, porque suas intenções e o significado do texto nunca coincidem.
Resposta: Na narrativa oral, existe a presença da subjetividade do narrador que está presente na situação de interlocução, ao contrário do discurso escrito, em que a intenção do autor e o significado não mais coincidem.
Explicação: Também no sujeito da comunicação se produzem transformações profundas: o face a
face da relação entre a subjetividade e personalidade dos interlocutores é substituído por uma relação mais complexa de escrita e leitura. Do lado do autor pode-se dizer que a sua intenção deixa de coincidir com o significado do texto mesmo. Ou seja, o texto é independente da intenção mental do autor46. “O que o texto significa interessa agora mais do que o autor quis dizer, quando o escreveu” (RICOEUR, 1976, p. 41). Do lado do leitor, ocorre que não há mais apenas a relação “alguém que fala a alguém”, como no diálogo. Um texto escrito tem um âmbito alargado de leitores potenciais47: todo aquele que saiba ler. FONTE: https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/9063/PIETERZACK%2C%20CRISTIANE.pdf?sequence=1&isAllowed=y
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Resposta: Na narrativa oral, existe a presença da subjetividade do narrador que está presente na situação de interlocução, ao contrário do discurso escrito, em que a intenção do autor e o significado não mais coincidem.
Explicação: Também no sujeito da comunicação se produzem transformações profundas: o face a
face da relação entre a subjetividade e personalidade dos interlocutores é substituído por uma relação mais complexa de escrita e leitura. Do lado do autor pode-se dizer que a sua intenção deixa de coincidir com o significado do texto mesmo. Ou seja, o texto é independente da intenção mental do autor46. “O que o texto significa interessa agora mais do que o autor quis dizer, quando o escreveu” (RICOEUR, 1976, p. 41). Do lado do leitor, ocorre que não há mais apenas a relação “alguém que fala a alguém”, como no diálogo. Um texto escrito tem um âmbito alargado de leitores potenciais47: todo aquele que saiba ler. FONTE: https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/9063/PIETERZACK%2C%20CRISTIANE.pdf?sequence=1&isAllowed=y