PERGUNTA 3 Leia o trecho a seguir para responder ao que se pede. “− Essa cova em que estás, com palmos medida, é a conta menor que tiraste em vida. − É de bom tamanho, nem largo nem fundo, é a parte que te cabe deste latifúndio. − Não é cova grande, é cova medida, é a terra que querias ver dividida. − É uma cova grande para teu pouco defunto, mas estarás mais ancho que estavas no mundo. − É uma cova grande para teu defunto parco, porém mais que no mundo te sentirás largo. − É uma cova grande para tua carne pouca, mas a terra dada, não se abre a boca”. (8ª cena de Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto) Qual alternativa apresenta uma interpretação que expressa o olhar crítico sobre a posse e o cultivo da terra, presente na obra de João Cabral? Os versos reiteram que a cova, além de grande, foi dada, razão pela qual o trabalhador deve ser grato. O poema, de tom metafísico, defende que a justiça só pode ser verdadeiramente realizada após a morte, razão pela qual explicam ao defunto sua condição. Os versos apontam, não sem ironia, que o trabalhador só toma posse da terra quando já não pode usufrui-la, isto é, depois de morto. Os argumentos presentes no poema mostram que, dadas as condições da vida, a morte é a melhor alternativa, pois propicia algum conforto. O poema narra o modo brutal pelo qual os trabalhadores que lutaram por reforma agrária foram mortos​
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