"Por isso, como todas as coisas que estão sujeitas à providência divina, são reguladas e medidas pela lei eterna, como se evidencia do que foi dito, é manifesto que todas participam, de algum modo, da lei eterna, enquanto por impressão dessa têm inclinações para os atos e fins próprios. Entre as demais, a criatura racional está sujeita à providência divina de um modo mais excelente, enquanto a mesma se torna participante da providência, provendo a si mesma e aos outros. Portanto, nela mesma é participada a razão eterna, por meio da qual tem a inclinação natural ao devido ato e fim. E tal participação da lei eterna na criatura racional se chama lei natural. [...] Daí se evidencia que a lei natural nada mais é que a participação da lei eterna na criatura racional."
(TOMÁS DE AQUINO. Suma teológica. São Paulo, Loyola, 2005, v. IV, p. 547).
Analise os itens a seguir, conforme o pensamento de São Tomás de Aquino:
I. A lei natural é retíssima e imutável.
II. A lei natural é considerada como uma participação da lei eterna na criatura racional.
III. Qualquer ser humano, pela sua participação na natureza, dela pode extrair a lei natural.
IV. Nenhum ser humano poderá compreender a lei natural, pois trata-se de algo ininteligível.
V. A lei natural também fala aos pagãos, e é então por meio dela que o que não conhece a fé pode agir no sentido de sua salvação
Está correto o que se afirma:
Alternativas
Alternativa 1:
Todas as afirmações estão corretas.
Alternativa 2:
II, III e IV, apenas.
Alternativa 3:
II, III e V, apenas.
Alternativa 4:
III e V, apenas.
Alternativa 5:
I e IV, apenas.
Lista de comentários
Conforme o pensamento de São Tomás de Aquino, está correto o que se afirma em: Alternativa 3: II, III e V, apenas.
A lei natural e a lei eterna em São Tomás de Aquino
São Tomás de Aquino (1225-1274), representa período medieval da Eclesiástica e defensor de Aristóteles. Ele esclarece a distinção entre a lei eterna, esclarecida pela participação da criatura racional, o homem, que se transforma, parcialmente, em leis naturais.
Por que para São Tomás de Aquino, a lei eterna, se manifesta como lei natural, no homem racional, segundo sua inteligência e vontade. Isso faz com que os homens, mesmo os pagãos, possam diferenciar o bem do mal, segundo sua inclinação em repudiar o mal e eleger o bem para se chegar a determinado fim.
Bons estudos!
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#SPJ1
Resposta: Alternativa 3:
II, III e V, apenas.
Explicação:
I. A lei natural é retíssima e imutável.
II. A lei natural é considerada como uma participação da lei eterna na criatura racional.
Com base no livro Ciência Política e Teoria Constitucional, na página 35 diz: A lei natural é a "manifestação incompleta e imperfeita da lei eterna em todos os seres humanos”, logo não é reta nem imutável, e é uma participação da Lei Eterna.
III. Qualquer ser humano, pela sua participação na natureza, dela pode extrair a lei natural.
A Lei Natural faz junção a Lei Humana.
IV. Nenhum ser humano poderá compreender a lei natural, pois trata-se de algo ininteligível.
Segundo Thomas Hobbes, a Lei da Natureza é um preceito ou regra geral, estabelecido pela razão, através do qual se proíbe a um homem fazer tudo o que possa destruir a sua vida ou privá-lo dos meios necessários para a preservar. Ou seja, é inteligível, pois sabemos o que que é bom e o que é mau.
V. A lei natural também fala aos pagãos, e é então por meio dela que o que não conhece a fé pode agir no sentido de sua salvação
Por sabermos o que é justo e bom, nos faz agir de maneira correta e isso nos leva a sentido da salvação.