Os profissionais de serviço social são considerados trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), o qual organiza a política de assistência social no país. Esses profissionais são protagonistas nessa política social e seu trabalho é reconhecido pelas normativas como sendo base imprescindível para a execução das ofertas socioassistenciais.
ENCAMINHAMENTO PARA O CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (CRAS) A furnia de Jorginho está vivenciando uma situação dificil O pai, Alceu, ficou desempregade há 18 meses e desde lá vem fazendo uso de bebidas alcoólicas. A mãe, Lorena, é cozinheira em um restaurante, sai de casa para o trabalho cedinho e só retorna após às 18 horas. Jorginho tem 11 anos e frequenta a escola no periodo matutino. No periodo vespertino não tem nenhuma atividade e, sem a companhia e supervisão das pais, acaba perambulando pelas ruas do bairro, algumas vezes recolhendo latinhas para vender e auxiliar na renda da familia. Os vizinhos, preocupados com a situação da familia, fizeram uma denúncia ao Conselho Tutelar, o qual, após verificar os fatos, notificou os pais para o comparecimento e realizou o encaminhamento para o Centro de Referência de Assistência Social-CRAS (que executa serviços da proteção social básico) para acompanhamento familiar.
Se você fosse um assistente social e trabalhasse na política de assistência social do município, como agiria diante da situação acima? Crie um plano de atendimento familiar, apontando qual a situação de cada membro da família e quais os atendimentos e encaminhamentos faria a cada um. Justifique suas escolhas. Lembre-se: para ter maior assertividade no seu processo de trabalho, os assistentes sociais devem, primeiramente, conhecer e reconhecer a realidade vivida pelas famílias e pelos indivíduos, realizando um diagnóstico da situação, o que exige dos profissionais uma leitura crítica da realidade em questão.
Como assistente social, primeiramente, eu buscaria conhecer e compreender a realidade vivida pela família Furnia, entendendo as questões que levaram à situação de vulnerabilidade social em que a família se encontra. Dessa forma, meu plano de atendimento familiar seria o seguinte:
1. Diagnóstico da situação: Iniciar o atendimento realizando entrevistas com todos os membros da família, a fim de entender as dificuldades, demandas e possibilidades de cada um. Seria importante também visitar o domicílio da família para conhecer as condições de moradia, saneamento básico e outras necessidades.
2. Atendimento à criança: Jorginho é uma criança em situação de vulnerabilidade social e precisa de acompanhamento adequado para garantir seu desenvolvimento e proteção. O encaminhamento seria para o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), onde ele teria acesso a atividades socioeducativas, esportivas e culturais, além de acompanhamento psicossocial.
3. Atendimento à mãe: Lorena é a principal provedora da família e precisa de apoio para conciliar as atividades do trabalho com o cuidado com a família. Seria encaminhada para o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), onde receberia atendimento psicossocial e orientações sobre seus direitos trabalhistas.
4.Atendimento ao pai: Alceu está desempregado e faz uso abusivo de bebidas alcoólicas, o que pode estar prejudicando sua saúde e comprometendo a dinâmica familiar. O encaminhamento seria para o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD), onde ele poderia receber acompanhamento especializado para lidar com a dependência química.
5.Acompanhamento familiar: Após o encaminhamento dos membros da família para os serviços adequados, é importante realizar um acompanhamento periódico da família como um todo, a fim de avaliar a evolução das condições e identificar outras demandas que possam surgir.
Justificativa: O plano de atendimento familiar busca atender às necessidades de cada membro da família, considerando suas demandas específicas e oferecendo serviços adequados para cada caso. O diagnóstico da situação é fundamental para compreender as questões que levaram a família a essa situação e definir as estratégias mais eficazes para o atendimento. É importante também buscar o fortalecimento da rede de proteção social, encaminhando a família para os serviços disponíveis e acompanhando sua evolução, a fim de garantir a efetividade do atendimento.
Para essas situações, como assitente social, eu acolheria a família e realizaria a inclusão de Jorginho no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos — SCFV (nesse caso para a faixa etária de 6 à 15 anos).
A escolha por essa inclusão é feita porque o SCFV poderia atuar na prevenção de riscos e vulnerabilidades a que Jorginho estaria exposto e, também, teria o objetivo de fortalecer vínculos familiares e comunitários. O SCFV poderia evitar a exposição de Jorginho ao trabalho infantil, à violência e exploração sexual, à negligência, a acidentes domésticos ou de trânsito, entre outros riscos. É preciso lembrar que, na política de assistência social, atualmente, as crianças e os adolescentes que estão em situação de trabalho infantil devem ser atendidas e acompanhadas no SCFV. Após a inclusão de Jorginho, a família também seria chamada para participar de atividades familiares sistemáticas no SCFV.
Para a proteção de Jorginho, eu realizaria também o encaminhamento do pai para a rede de saúde para tratar do alcoolismo e solicitaria que a família também fosse acompanhada para minimizar os impactos sofridos pela vivência com pessoas com dependência do álcool.
Além desses encaminhamentos, daria ciência dos encaminhamentos realizados ao Conselho Tutelar, tendo em vista que o trabalho infantil é considerado crime. Havendo agravos provindos da violação de direitos, realizaria encaminhamentos ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social — CREAS.
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Como assistente social, primeiramente, eu buscaria conhecer e compreender a realidade vivida pela família Furnia, entendendo as questões que levaram à situação de vulnerabilidade social em que a família se encontra. Dessa forma, meu plano de atendimento familiar seria o seguinte:
1. Diagnóstico da situação: Iniciar o atendimento realizando entrevistas com todos os membros da família, a fim de entender as dificuldades, demandas e possibilidades de cada um. Seria importante também visitar o domicílio da família para conhecer as condições de moradia, saneamento básico e outras necessidades.
2. Atendimento à criança: Jorginho é uma criança em situação de vulnerabilidade social e precisa de acompanhamento adequado para garantir seu desenvolvimento e proteção. O encaminhamento seria para o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), onde ele teria acesso a atividades socioeducativas, esportivas e culturais, além de acompanhamento psicossocial.
3. Atendimento à mãe: Lorena é a principal provedora da família e precisa de apoio para conciliar as atividades do trabalho com o cuidado com a família. Seria encaminhada para o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), onde receberia atendimento psicossocial e orientações sobre seus direitos trabalhistas.
4.Atendimento ao pai: Alceu está desempregado e faz uso abusivo de bebidas alcoólicas, o que pode estar prejudicando sua saúde e comprometendo a dinâmica familiar. O encaminhamento seria para o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD), onde ele poderia receber acompanhamento especializado para lidar com a dependência química.
5.Acompanhamento familiar: Após o encaminhamento dos membros da família para os serviços adequados, é importante realizar um acompanhamento periódico da família como um todo, a fim de avaliar a evolução das condições e identificar outras demandas que possam surgir.
Justificativa: O plano de atendimento familiar busca atender às necessidades de cada membro da família, considerando suas demandas específicas e oferecendo serviços adequados para cada caso. O diagnóstico da situação é fundamental para compreender as questões que levaram a família a essa situação e definir as estratégias mais eficazes para o atendimento. É importante também buscar o fortalecimento da rede de proteção social, encaminhando a família para os serviços disponíveis e acompanhando sua evolução, a fim de garantir a efetividade do atendimento.
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Para essas situações, como assitente social, eu acolheria a família e realizaria a inclusão de Jorginho no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos — SCFV (nesse caso para a faixa etária de 6 à 15 anos).
A escolha por essa inclusão é feita porque o SCFV poderia atuar na prevenção de riscos e vulnerabilidades a que Jorginho estaria exposto e, também, teria o objetivo de fortalecer vínculos familiares e comunitários. O SCFV poderia evitar a exposição de Jorginho ao trabalho infantil, à violência e exploração sexual, à negligência, a acidentes domésticos ou de trânsito, entre outros riscos. É preciso lembrar que, na política de assistência social, atualmente, as crianças e os adolescentes que estão em situação de trabalho infantil devem ser atendidas e acompanhadas no SCFV. Após a inclusão de Jorginho, a família também seria chamada para participar de atividades familiares sistemáticas no SCFV.
Para a proteção de Jorginho, eu realizaria também o encaminhamento do pai para a rede de saúde para tratar do alcoolismo e solicitaria que a família também fosse acompanhada para minimizar os impactos sofridos pela vivência com pessoas com dependência do álcool.
Além desses encaminhamentos, daria ciência dos encaminhamentos realizados ao Conselho Tutelar, tendo em vista que o trabalho infantil é considerado crime. Havendo agravos provindos da violação de direitos, realizaria encaminhamentos ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social — CREAS.