PERGUNTA 1 Considere o excerto a seguir. “Lejeune (2003, p. 41, 46) sugere, assim, que a autobiografia esteja ancorada na tríade ‘belo, bem, verdadeiro’, ou seja, na estética, na ética e na verdade. O autor também estabelece diferenças entre o leitor de ficção e o de autobiografia: o primeiro lê na busca do lúdico, do prazer; o segundo, na busca de compreensão dos caminhos da vida humana” (BRAGANÇA, 2012, p. 126). BRAGANÇA, I. F. de S. Memória, narração e experiência: um “círculo virtuoso”. In: BRAGANÇA, I. F. de S. Histórias de vida e formação de professores: diálogos entre Brasil e Portugal. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2012. Disponível em:
ago. 2022. Nesse sentido, assinale a alternativa que aponta o tipo de verdade que o leitor de obras de ficção estaria buscando, considerando que essa obra não se atém à verdade documental da realidade. a. O leitor de narrativas, diferentemente do leitor de autobiografias, não se preocupa com nenhum tipo de verdade, porque a obra literária existe apenas no sentido de fruição artística. b. O leitor de narrativas busca o mesmo que o leitor de autobiografias: uma verdade pessoal do narrador, mesmo que não coincida com a verdade documental, para que possa compreender a vida daqueles personagens. c. O leitor de narrativas busca uma verdade que aproxime o mundo real do mundo narrado, mesmo que não se trate da verdade documental porque a literatura é um modo de interpretar os acontecimentos do mundo. d. O leitor de narrativas busca na obra elementos que possam associar à sua própria vida, para que utilize a obra e elabore verdades com base na sua relação com o texto narrado e a vida retratada ali. e. O leitor de narrativas busca a verossimilhança, ou seja, que a verdade interna da obra faça sentido com aquilo que é retratado tanto em relação ao tempo, quanto ao espaço, personagens e demais aspectos retratados.
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Resposta:
Explicação:
:Entendendo os conceitos de
memória e experiência na narrativa (as quais são adquiridas pelas personagens no espaço
vivenciado na ficção), a ideia de tempo vai se mostrando crucial também para a atribuição de
sentidos ao enredo. Para exemplificar: “A aceleração, como um “mal-estar” contemporâneo,
articula-se tanto à efervescência da memória-arquivo quanto ao apagamento da dimensão
memória-vida” (BRAGANÇA, 2012). Então, o tempo também delineia diferentes esferas da
obra; seu percurso se transforma por meio das experiências, guardadas na memória, que
também pode ser de espera (presente, passado, futuro. Dê atenção às videoaulas: 1ª) O
tempo na literatura. Ressaltamos aqui que tempo, personagem, espaço – tudo deve estar
bem articulado para fazer sentido, para se obter a verossimilhança, e alcançar o propósito da
arte escrita: “tocar” o leitor, transformar seu olhar, aguçar suas buscas, entreter e, quem sabe,
mudar “mundos”;
Resposta: e. O leitor de narrativas busca a verossimilhança, ou seja, que a verdade interna da obra faça sentido com aquilo que é retratado tanto em relação ao tempo, quanto ao espaço, personagens e demais aspectos retratados.
Explicação: