Passo 1: Estender a função integrada para o plano complexo.
Definimos uma nova função f(z) no plano complexo substituindo x por z. Portanto,
f(z) = (log z)/(e^z + 1)
onde log representa o valor principal do logaritmo complexo. Observe que essa função tem um polo simples em z = iπ, que fica dentro do contorno de integração.
Passo 2: Escolher o contorno de integração.
Escolhemos um contorno que inclua o eixo real positivo e tenha uma semicircunferência com raio R centrada na origem. O contorno deve ser escolhido de tal forma que não haja outros polos dentro dele, exceto aqueles na borda do contorno, onde a função pode ter comportamento singular.
Aqui podemos escolher o contorno retangular que tem os vértices -R - iπ, -R + iπ, R + iπ e R - iπ, onde R > 0. Esse contorno inclui o eixo real positivo e um semicírculo com raio R centrado na origem.
Passo 3: Aplicar o teorema dos resíduos.
O teorema dos resíduos afirma que a integral ao longo do contorno fechado é igual a 2πi vezes a soma dos resíduos de f(z) nos seus polos dentro do contorno. Portanto,
onde γ_R é a semicircunferência com raio R centrada na origem e orientada no sentido anti-horário.
Passo 4: Mostrar que a integral ao longo da semicircunferência tende a zero quando R tende ao infinito.
Para mostrar que essa integral tende a zero quando R tende ao infinito, aplicamos a desigualdade triangular para obter:
|∫[γ_R] f(z) dz| <= ∫[γ_R] |f(z)| |dz| <= πR * M
onde M é um limite superior para |f(z)| ao longo de γ_R. Como M é finito, isso implica que a integral ao longo da semicircunferência tende a zero quando R tende ao infinito.
Passo 5: Calcular o resíduo em z = iπ.
O resíduo de f(z) em z = iπ pode ser calculado usando a expansão em série de Laurent da função ao redor desse ponto. A expansão é dada por:
f(z) = Sum[k=-1,inf] c_k (z - iπ)^k
onde
c_{-1} = lim_{z->iπ} (z - iπ) f(z).
Podemos calcular c_{-1} substituindo z = iπ na função f(z):
c_{-1} = lim_{z->iπ} (z - iπ) (log z)/(e^z + 1)
= 1/(2iπ) * lim_{z->iπ} log z * (z - iπ)/(e^z + 1)
= 1/(2iπ) * log(iπ) = -i/2
Portanto, o resíduo em z = iπ é -i/2.
Passo 6: Calcular a integral.
Substituindo os valores encontrados nos passos anteriores, obtemos:
Tomando o limite quando R tende ao infinito e usando o resultado do Passo 4, obtemos:
∫[0,∞) (log x)/(e^x + 1) dx + 0 = 2πi (-i/2)
Simplificando, obtemos:
∫[0,∞) (log x)/(e^x + 1) dx = π^2/12
Portanto, a solução para a integral original é π^2/12.
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XxGabriel016
Tenho minhas dúvidas acerca da resolução, mas como carece de erros, vou deixar como está, excelente resposta! :)
Mendrius
Em qualquer método de solução, o valor será aproximado. Como foi usado o método de resíduo a solução sempre será um valor mais próximo que satisfaz a equação. Talvez divergiu em alguns pontos.
Lista de comentários
Resposta:
π^2/12
Explicação passo a passo:
Passo 1: Estender a função integrada para o plano complexo.
Definimos uma nova função f(z) no plano complexo substituindo x por z. Portanto,
f(z) = (log z)/(e^z + 1)
onde log representa o valor principal do logaritmo complexo. Observe que essa função tem um polo simples em z = iπ, que fica dentro do contorno de integração.
Passo 2: Escolher o contorno de integração.
Escolhemos um contorno que inclua o eixo real positivo e tenha uma semicircunferência com raio R centrada na origem. O contorno deve ser escolhido de tal forma que não haja outros polos dentro dele, exceto aqueles na borda do contorno, onde a função pode ter comportamento singular.
Aqui podemos escolher o contorno retangular que tem os vértices -R - iπ, -R + iπ, R + iπ e R - iπ, onde R > 0. Esse contorno inclui o eixo real positivo e um semicírculo com raio R centrado na origem.
Passo 3: Aplicar o teorema dos resíduos.
O teorema dos resíduos afirma que a integral ao longo do contorno fechado é igual a 2πi vezes a soma dos resíduos de f(z) nos seus polos dentro do contorno. Portanto,
∫[C_R] f(z) dz = 2πi Res[f, iπ]
ou seja,
∫[-R,R] (log x)/(e^x + 1) dx + ∫[γ_R] f(z) dz = 2πi Res[f, iπ]
onde γ_R é a semicircunferência com raio R centrada na origem e orientada no sentido anti-horário.
Passo 4: Mostrar que a integral ao longo da semicircunferência tende a zero quando R tende ao infinito.
Para mostrar que essa integral tende a zero quando R tende ao infinito, aplicamos a desigualdade triangular para obter:
|∫[γ_R] f(z) dz| <= ∫[γ_R] |f(z)| |dz| <= πR * M
onde M é um limite superior para |f(z)| ao longo de γ_R. Como M é finito, isso implica que a integral ao longo da semicircunferência tende a zero quando R tende ao infinito.
Passo 5: Calcular o resíduo em z = iπ.
O resíduo de f(z) em z = iπ pode ser calculado usando a expansão em série de Laurent da função ao redor desse ponto. A expansão é dada por:
f(z) = Sum[k=-1,inf] c_k (z - iπ)^k
onde
c_{-1} = lim_{z->iπ} (z - iπ) f(z).
Podemos calcular c_{-1} substituindo z = iπ na função f(z):
c_{-1} = lim_{z->iπ} (z - iπ) (log z)/(e^z + 1)
= 1/(2iπ) * lim_{z->iπ} log z * (z - iπ)/(e^z + 1)
= 1/(2iπ) * log(iπ) = -i/2
Portanto, o resíduo em z = iπ é -i/2.
Passo 6: Calcular a integral.
Substituindo os valores encontrados nos passos anteriores, obtemos:
∫[-R,R] (log x)/(e^x + 1) dx + ∫[γ_R] f(z) dz = 2πi Res[f, iπ]
Tomando o limite quando R tende ao infinito e usando o resultado do Passo 4, obtemos:
∫[0,∞) (log x)/(e^x + 1) dx + 0 = 2πi (-i/2)
Simplificando, obtemos:
∫[0,∞) (log x)/(e^x + 1) dx = π^2/12
Portanto, a solução para a integral original é π^2/12.