PERGUNTA 1 Considere o excerto a seguir. “Lejeune (2003, p. 41, 46) sugere, assim, que a autobiografia esteja ancorada na tríade ‘belo, bem, verdadeiro’, ou seja, na estética, na ética e na verdade. O autor também estabelece diferenças entre o leitor de ficção e o de autobiografia: o primeiro lê na busca do lúdico, do prazer; o segundo, na busca de compreensão dos caminhos da vida humana” (BRAGANÇA, 2012, p. 126). BRAGANÇA, I. F. de S. Memória, narração e experiência: um “círculo virtuoso”. In: BRAGANÇA, I. F. de S. Histórias de vida e formação de professores: diálogos entre Brasil e Portugal. Rio de Janeiro: Nesse sentido, assinale a alternativa que aponta o tipo de verdade que o leitor de obras de ficção estaria buscando, considerando que essa obra não se atém à verdade documental da realidade. a. O leitor de narrativas, diferentemente do leitor de autobiografias, não se preocupa com nenhum tipo de verdade, porque a obra literária existe apenas no sentido de fruição artística. b. O leitor de narrativas busca o mesmo que o leitor de autobiografias: uma verdade pessoal do narrador, mesmo que não coincida com a verdade documental, para que possa compreender a vida daqueles personagens. c. O leitor de narrativas busca uma verdade que aproxime o mundo real do mundo narrado, mesmo que não se trate da verdade documental porque a literatura é um modo de interpretar os acontecimentos do mundo. d. O leitor de narrativas busca na obra elementos que possam associar à sua própria vida, para que utilize a obra e elabore verdades com base na sua relação com o texto narrado e a vida retratada ali. e. O leitor de narrativas busca a verossimilhança, ou seja, que a verdade interna da obra faça sentido com aquilo que é retratado tanto em relação ao tempo, quanto ao espaço, personagens PERGUNTA 2 Sobre a obra de Clarice Lispector, Cerqueira (2013) afirma que: “Há recusa da referência temporal cronológica, pois se rejeita, essencialmente, a delimitação de tempo e espaço, além da exatidão do movimento percorrido pelos ponteiros do relógio. E que também se verifica nas produções literárias, devido à instabilidade no fluxo temporal e à imprecisão da duração de eventos — transmitidas por meio da obra —, as quais se ajustam a movimentos que buscam capturar expressividades interiorizadas” (CERQUEIRA, 2013, p. 37). CERQUEIRA, M. D. S. Confluências temporais em Clarice Lispector: análise de “Uma aprendizagem” e “Água viva”. 2013. 107 f. Dissertação (Mestrado em Literatura e Cultura) — Instituto de Letras, Universidade Como é chamada a forma de organização temporal dentro da obra literária que se caracteriza pela imprecisão do tempo cronológico, que busca captar o interior do narrador-personagem? a. Tempo interior. b. Tempo arbitrário. c. Tempo psicológico. d. Tempo   PERGUNTA 3 Ao discutir a análise hermenêutica do texto narrativo, Ricouer (1996, p. 41) afirma que “por isso, o que o texto significa interessa agora mais do que o autor quis dizer quando escreveu”.  RICOEUR, P. Tempo e Narrativa. Campinas: Papirus, 1996. Aponte a diferença que Ricouer reconhece na interlocução entre a narrativa oral e a narrativa escrita. a. Tanto na narrativa oral quanto na escrita, o mais importante é o que o narrador deseja exprimir e é necessário que o interlocutor faça um esforço — menor na narrativa oral e maior na escrita — para atingir esse significado. b. Na narrativa escrita, existe presença maior da subjetividade do narrador, que não está presente na interlocução. Enquanto, na narrativa oral, os significados não coincidem com a intenção do narrador porque o interlocutor tem acesso maior ao contexto. c. Na narrativa oral, existe a presença da subjetividade do narrador que está presente na situação de interlocução, ao contrário do discurso escrito, em que a intenção do autor e o significado não mais coincidem. d. Na narrativa oral aparecem apenas os sentidos exatos que o narrador deseja exprimir e no discurso escrito é preciso dar muitos indícios do sentido para que o leitor chegue exatamente ao que o narrador deseja exprimir. e. Tanto na narrativa oral quanto na escrita, o mais importante é o que o interlocutor entende, deixando de lado as intenções do narrador, porque suas intenções e o significado do texto nunca coincidem. ​
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PERGUNTA 1 Um elemento importante para considerarmos na análise dos espaços narrativos é o enredo. Geralmente, o enredo se divide em quatro etapas: exposição ou apresentação, complicação, desenvolvimento, clímax. Em cada um desses momentos precisamos considerar os espaços representados e de que forma contribuem para o desenvolvimento narrativo, como se relacionam entre si e com os personagens. Assinale a alternativa que nomeia corretamente o encadeamento dos espaços que formam uma narrativa. a. Desenvolvimento local. b. Percurso de local. c. Percurso espacial. d. Desenvolvimento espacial. e. Levantamento de cenários e ambientes. PERGUNTA 2 Os espaços de uma narrativa proporcionam ao leitor, muitas vezes, um importante indício das ações do personagem, já que é no espaço que os elementos que proporcionam tais ações podem estar contidos, mesmo que de forma indireta, como uma necessidade de pertencer a determinado grupo, com seus comportamentos e atitudes. Sobre isso, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I. Uma das funções do espaço é fornecer indícios que apontam para a progressão narrativa. PORQUE II. Elementos simples que podem passar despercebidos por um leitor desatento são, na realidade, muito importantes e podem ser utilizados para prever os próximos passos do personagem na narrativa. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. a. As duas asserções são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira. b. A primeira asserção é falsa, e a segunda é verdadeira. c. As duas asserções são falsas. d. A primeira asserção é verdadeira, e a segunda é falsa. e. As duas asserções são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira. PERGUNTA 3 Quando analisamos os microespaços da narrativa, tomamos por base os conceitos de cenário e natureza, muito próximos da forma com que a geografia os define: a natureza é aquele lugar com pouca ou nenhuma influência da ação humana e o cenário o lugar caracterizado justamente pela sua influência humana muito grande. A natureza seria o rio e o cenário a casa, por exemplo. Filho (2008, s. p.), chama a atenção para a continuação da análise ao afirmar que ‘após essa topografia literária formada de cenários e naturezas, o topoanalista deve observar se esses espaços recebem figurativizações a ponto de os transformar em ambiente, paisagem ou território’.” Levando em consideração os conceitos de ambiente, paisagem e território, identifique se são verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmativas a seguir. I. ( ) O ambiente se constitui como uma sinergia entre o cenário e o clima psicológico apenas. II. ( ) Para que possamos considerar algum lugar como território é necessário que haja disputa de poder envolvida. III. ( ) A natureza não pode ser um dos elementos necessários para caracterizar um ambiente, apenas o cenário. IV. ( ) A paisagem pode ser definida como uma extensão do espaço captada pelo olhar, que pode ser tanto do narrador quanto de um personagem. V. ( ) As paisagens se dividem em naturais e culturais, as primeiras têm pouca influência humana e as últimas têm grande influência humana. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. a. F-F-V-F-V. b. V-F-F-V-V. c. F-V-F-F-V. d. V-V-F-V-V. e. F-V-F-V-V. ​
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PERGUNTA 2 Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) referem-se à proposta curricular recomendada aos membros federais. Durante a concepção desses parâmetros, houve a articulação com universidades e setores técnicos da educação, mas os outros setores governamentais, órgãos normativos e organizações da sociedade civil não estavam trabalhando em cooperação coordenada pelo MEC. Nesse sentido, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I. A ausência de uma administração da política educacional curricular gerou um tratado nacional acerca dos currículos e dos sistemas de ensino. PORQUE II. Essas dificuldades representam os únicos obstáculos relacionados à determinação do currículo escolar brasileiro. Analisando essas asserções, é correto afirmar que: a. as duas asserções são falsas. b. as duas asserções são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. c. as duas asserções são verdadeiras, mas a segunda não justifica a primeira. d. a primeira asserção é falsa e a segunda é verdadeira. e. a primeira asserção é verdadeira e a segunda é falsa. PERGUNTA 3 Durante a primeira década do século XXI, a reforma curricular parecia ainda mais complicada, devido às novas políticas impostas, visto que houve a aprovação de diversas emendas nas Leis de Diretrizes Bases (LDB), incluindo conteúdos considerados obrigatórios nos currículos da educação básica. Quanto às perspectivas atuais que envolvem o currículo, analise as afirmativas a seguir e assinale V para a(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s). I. ( ) Os responsáveis por tomar as decisões nas escolas costumam considerar opcionais todas as propostas de leis. II. ( ) O currículo referente ao ensino médio deveria ser sintetizado, se fossem consideradas as emendas da LDB. III. ( ) O Conselho Nacional de Educação (CNE) impôs, para a escolaridade básica, novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN). Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. a. V, F, F. b. F, V, V. c. F, V, F. d. V, V, V. e. F, F, V. ​
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obra “A audácia dessa mulher”, de Ana Maria Machado, é uma reescrita do romance canônico “Dom Casmurro”, de Machado de Assis. Sabendo disso, analise a citação a seguir que debate o conceito de reescrita. “Em ‘O pós-colonialismo e a literatura’ (2000), Bonnici define a reescrita como uma estratégia em que ‘o autor se apropria de um texto da metrópole, geralmente canônico, problematiza a fábula, os personagens ou sua estrutura e cria um novo texto que funciona como resposta pós-colonial à ideologia contida no primeiro texto’ (p. 40)” (ZOLIN, 2011, p. 97). ZOLIN, L. O. A construção da personagem feminina na literatura brasileira contemporânea (re)escrita por mulheres. Revista Diadorim, Rio de Janeiro, v. 9, p. 95-105, jul. 2011. Assinale a alternativa que melhor explica a relação entre “Dom Casmurro” e “A audácia dessa mulher”. a. “A audácia dessa mulher” é um romance resposta, ou seja, trata-se de Capitu se defendendo das acusações feitas por Bentinho em “Dom Casmurro”. b. Em “A audácia dessa mulher”, Ana Maria Machado busca demonstrar que Capitu não traiu Bentinho, mas sim que era ele o traidor e escreveu suas memórias na tentativa de recuperar sua reputação. c. Ana Maria Machado, por meio do diário de Capitu, dá voz à mulher de Bentinho e permite que a própria narração de “Dom Casmurro” seja discutida, mostrando outra versão para os fatos retratados na obra de Machado de Assis. d. O romance de Ana Maria Machado é pautado em narrar novamente a obra sem pretensão de alterar as conclusões a que chegam os leitores, mas sim em mostrar como seria uma narradora mulher. e. O romance de Ana Maria Machado visa destruir as qualidades da obra de Machado de Assis e tratá-la apenas como fonte histórica, sem se preocupar com incluir os personagens do original.​
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PERGUNTA 1 De acordo com Bandeira (2017, p. 130), “O livro didático impresso continua sendo o material de uso mais frequente na modalidade presencial, em todas as etapas da educação básica. Além disso, em 2008, o último levantamento realizado pela Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed) confirmou que a mídia impressa ainda é a mais utilizada, mesmo na educação a distância (EaD), conforme 77,10% das instituições pesquisadas”. BANDEIRA, M. Material didático: criação, mediação e ação educativa. Curitiba: Intersaberes, 2017. p. 130. Em relação ao conceito de material didático, analise as afirmativas a seguir e assinale V para a(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s). I. ( ) Apesar dos avanços no universo tecnológico, as funções de planejamento e ensino, relacionadas aos materiais didáticos, prevalecem nas práticas escolares. II. ( ) Dentre as funções inalteradas dos materiais didáticos, é possível mencionar a organização dos livros somente com base nos conteúdos curriculares. III. ( ) O livro didático tem essa denominação desde quando foi concebido, pois essa é a única que explicita sua função. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. a. F, V, V. b. V, V, F c. V, F, V. d. V, F, F. e. F, V, F. 2 pontos PERGUNTA 2 Os educadores, gestores e os demais profissionais da educação seguem preservando o uso de materiais impressos no contexto escolar, pela comodidade em relação à consulta e porque esse tipo de material não depende de qualquer tipo de equipamento para ser utilizado. Nesse sentido, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I. As editoras brasileiras têm sua atividade voltada, exclusivamente, para a edição de livros (didáticos, científicos ou religiosos). PORQUE II. A indústria editorial dos livros continua sendo a mesma há anos, estruturalmente, pois, dessa maneira, pode manter seu objetivo central. Analisando essas asserções, é correto afirmar que: a. a primeira asserção é falsa e a segunda é verdadeira. b. a primeira asserção é verdadeira e a segunda é falsa. c. as duas asserções são verdadeiras, mas a segunda não justifica a primeira. d. as duas asserções são falsas. e. as duas asserções são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. 2 pontos PERGUNTA 3 Os livros didáticos são acompanhados pelo Ministério da Educação (MEC) desde 1995; esses materiais contêm o guia do professor, que tem como função auxiliar o processo de planejamento das aulas e a escolha do livro didático que será utilizado. Em relação à história acerca dos materiais didáticos, analise as afirmativas a seguir e assinale V para a(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s). I. ( ) Entre 1980 e 1990, houve uma alteração nos materiais didáticos, a fim de responder às demandas do contexto educacional da época. II. ( ) O MEC publicou, em 2001, um documento composto por orientações que tinham como propósito fundamentar a difusão do material didático. III. ( ) Nos anos 1990, inexistiam anseios acerca dos meios de disseminação do livro didático com o auxílio dos recursos eletrônicos. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. a. V, V, F. b. V, F, F. c. F, V, V. d. V, F, V. e. F, V, F.
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PERGUNTA 4 De acordo com Bandeira (2017, p. 29), “No Brasil, o MEC é o órgão responsável pelos critérios de avaliação do livro didático. A maioria dos guias de avaliação se concentra em duas etapas: a primeira é dedicada ao atendimento às questões da materialidade (suporte, design e layout), e a segunda refere-se à garantia dos indicadores de qualidade prescritos para o conteúdo”. BANDEIRA, M. Material didático: criação, mediação e ação educativa. Curitiba: Intersaberes, 2017. p. 29. Nesse sentido, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I. O processo de seleção de materiais didáticos é descomplicado, visto que há vários envolvidos para facilitar o desenrolar dessa escolha. PORQUE II. Desde 1960, o livro didático é estabelecido por um padrão associado a manuais escolares que têm conteúdos curriculares. Analisando essas asserções, é correto afirmar que: a. as duas asserções são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. b. as duas asserções são falsas. c. a primeira asserção é falsa e a segunda é verdadeira. d. a primeira asserção é verdadeira e a segunda é falsa. e. as duas asserções são verdadeiras, mas a segunda não justifica a primeira. PERGUNTA 5 O Ministério da Educação impôs uma série de políticas públicas educacionais, associadas aos livros didáticos, capazes de proporcionar diretrizes e instruções que têm a função de auxiliar a elaboração das atividades diárias no ambiente escolar. Nesse sentido, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I. Grande parte das editoras propicia programas voltados para o treinamento relacionado à utilização dos materiais didáticos. PORQUE II. O MEC prevê a necessidade de treinamentos, e a arrecadação propiciada pelos cursos é direcionada ao governo, responsável pelo MEC. Analisando essas asserções, é correto afirmar que: a. a primeira asserção é falsa e a segunda é verdadeira. b. as duas asserções são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. c. a primeira asserção é verdadeira e a segunda é falsa. d. as duas asserções são falsas. e. as duas asserções são verdadeiras, mas a segunda não justifica a primeira. 2 pontos Clique em Salvar e Enviar para salvar e enviar. Clique em Salvar todas as respostas para salvar
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PERGUNTA 1 Considere o excerto a seguir. “Lejeune (2003, p. 41, 46) sugere, assim, que a autobiografia esteja ancorada na tríade ‘belo, bem, verdadeiro’, ou seja, na estética, na ética e na verdade. O autor também estabelece diferenças entre o leitor de ficção e o de autobiografia: o primeiro lê na busca do lúdico, do prazer; o segundo, na busca de compreensão dos caminhos da vida humana” (BRAGANÇA, 2012, p. 126). BRAGANÇA, I. F. de S. Memória, narração e experiência: um “círculo virtuoso”. In: BRAGANÇA, I. F. de S. Histórias de vida e formação de professores: diálogos entre Brasil e Portugal. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2012. Disponível em: ago. 2022. Nesse sentido, assinale a alternativa que aponta o tipo de verdade que o leitor de obras de ficção estaria buscando, considerando que essa obra não se atém à verdade documental da realidade. a. O leitor de narrativas, diferentemente do leitor de autobiografias, não se preocupa com nenhum tipo de verdade, porque a obra literária existe apenas no sentido de fruição artística. b. O leitor de narrativas busca o mesmo que o leitor de autobiografias: uma verdade pessoal do narrador, mesmo que não coincida com a verdade documental, para que possa compreender a vida daqueles personagens. c. O leitor de narrativas busca uma verdade que aproxime o mundo real do mundo narrado, mesmo que não se trate da verdade documental porque a literatura é um modo de interpretar os acontecimentos do mundo. d. O leitor de narrativas busca na obra elementos que possam associar à sua própria vida, para que utilize a obra e elabore verdades com base na sua relação com o texto narrado e a vida retratada ali. e. O leitor de narrativas busca a verossimilhança, ou seja, que a verdade interna da obra faça sentido com aquilo que é retratado tanto em relação ao tempo, quanto ao espaço, personagens e demais aspectos retratados.
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PERGUNTA 3 Ao discutir a análise hermenêutica do texto narrativo, Ricouer afirma que “por isso, o que o texto significa interessa agora mais do que o autor quis dizer quando escreveu”. RICOEUR, P. Tempo e Narrativa. Campinas: Papirus, 1996. Aponte a diferença que Ricouer reconhece na interlocução entre a narrativa oral e a narrativa escrita. a. Tanto na narrativa oral quanto na escrita, o mais importante é o que o narrador deseja exprimir e é necessário que o interlocutor faça um esforço — menor na narrativa oral e maior na escrita — para atingir esse significado. b. Na narrativa escrita, existe presença maior da subjetividade do narrador, que não está presente na interlocução. Enquanto, na narrativa oral, os significados não coincidem com a intenção do narrador porque o interlocutor tem acesso maior ao contexto. c. Na narrativa oral, existe a presença da subjetividade do narrador que está presente na situação de interlocução, ao contrário do discurso escrito, em que a intenção do autor e o significado não mais coincidem. d. Na narrativa oral aparecem apenas os sentidos exatos que o narrador deseja exprimir e no discurso escrito é preciso dar muitos indícios do sentido para que o leitor chegue exatamente ao que o narrador deseja exprimir. e. Tanto na narrativa oral quanto na escrita, o mais importante é o que o interlocutor entende, deixando de lado as intenções do narrador, porque suas intenções e o significado do texto nunca coincidem.
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PERGUNTA 3 Quando analisamos os microespaços da narrativa, tomamos por base os conceitos de cenário e natureza, muito próximos da forma com que a geografia os define: a natureza é aquele lugar com pouca ou nenhuma influência da ação humana e o cenário o lugar caracterizado justamente pela sua influência humana muito grande. A natureza seria o rio e o cenário a casa, por exemplo. Filho (2008, s. p.), chama a atenção para a continuação da análise ao afirmar que ‘após essa topografia literária formada de cenários e naturezas, o topoanalista deve observar se esses espaços recebem figurativizações a ponto de os transformar em ambiente, paisagem ou território’.” (BORGES FILHO, 2008, p. 5). BORGES FILHO, O. Espaço e literatura: introdução à topoanálise. In: XI CONGRESSO INTERNACIONAL DA ABRALIC: TESSITURAS, INTERAÇÕES, CONVERGÊNCIAS, 11., 2008, Levando em consideração os conceitos de ambiente, paisagem e território, identifique se são verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmativas a seguir. I. ( ) O ambiente se constitui como uma sinergia entre o cenário e o clima psicológico apenas. II. ( ) Para que possamos considerar algum lugar como território é necessário que haja disputa de poder envolvida. III. ( ) A natureza não pode ser um dos elementos necessários para caracterizar um ambiente, apenas o cenário. IV. ( ) A paisagem pode ser definida como uma extensão do espaço captada pelo olhar, que pode ser tanto do narrador quanto de um personagem. V. ( ) As paisagens se dividem em naturais e culturais, as primeiras têm pouca influência humana e as últimas têm grande influência humana. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. a. F-F-V-F-V. b. V-F-F-V-V. c. F-V-F-F-V. d. V-V-F-V-V. e. F-V-F-V-V.
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PERGUNTA 2 Leia o trecho a seguir para responder à questão. “No texto de Machado, podemos destacar duas partes, de acordo com os seus núcleos temáticos e a sugestão de certas características discursivas. Uma, constituída pelos cinco primeiros parágrafos, trata dos ‘ofícios e aparelhos’ legados pela instituição da escravidão. Por ser de teor descritivo, simula um discurso histórico com função documental. A outra conta a ‘história de uma fuga’, dramatizando a institucionalização de um desses ofícios, o capitão do mato. Mas tudo é ficção e, mais do que contrastar dois tipos de gêneros discursivos, um de aparência histórica e outro marcadamente ficcional, o texto promove uma ligação entre eles, por meio de um fio enunciativo de primeira pessoa, que atua nos dois blocos para fazer aflorar toda a violência subjacente com a aparência de um processo ‘quase’ natural.” (MOTTA, 2010, p. 80) MOTTA, S. V. Machado de Assis à luz do cinema de Sérgio Bianchi: o espaço em movimento. In: MOTTA, S. V.; BUSATO, S. (org.). Figurações contemporâneas do espaço na literatura. São Paulo: Editora UNESP; Cultura Acadêmica, 2010. 18 ago. 2022. Ao descrever as duas partes principais do conto “Pai contra mãe”, de Machado de Assis, Motta (2010) chama a atenção para como o espaço da narrativa, em especial a questão social, a qual é tratada pelo autor. Assinale a alternativa que melhor explica a importância do espaço nessa narrativa. a. O espaço reflete as intenções, os pensamentos e os sentimentos dos personagens. b. O espaço situa os personagens geograficamente e representa os sentimentos por eles vividos. c. O espaço serve apenas para situar os personagens geograficamente. d. O espaço estabelece relações de contraste com os sentimentos dos personagens. e. O espaço caracteriza as personagens e as situa no contexto, influencia e propicia as ações. ​
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Leia o trecho a seguir para responder à questão. “No texto de Machado, podemos destacar duas partes, de acordo com os seus núcleos temáticos e a sugestão de certas características discursivas. Uma, constituída pelos cinco primeiros parágrafos, trata dos ‘ofícios e aparelhos’ legados pela instituição da escravidão. Por ser de teor descritivo, simula um discurso histórico com função documental. A outra conta a ‘história de uma fuga’, dramatizando a institucionalização de um desses ofícios, o capitão do mato. Mas tudo é ficção e, mais do que contrastar dois tipos de gêneros discursivos, um de aparência histórica e outro marcadamente ficcional, o texto promove uma ligação entre eles, por meio de um fio enunciativo de primeira pessoa, que atua nos dois blocos para fazer aflorar toda a violência subjacente com a aparência de um processo ‘quase’ natural.” (MOTTA, 2010, p. 80) MOTTA, S. V. Machado de Assis à luz do cinema de Sérgio Bianchi: o espaço em movimento. In: MOTTA, S. V.; BUSATO, S. Figurações contemporâneas do espaço na literatura. São Paulo: Editora UNESP; Cultura Acadêmica, 2010. Ao descrever as duas partes principais do conto “Pai contra mãe”, de Machado de Assis, Motta (2010) chama a atenção para como o espaço da narrativa, em especial a questão social, a qual é tratada pelo autor. Assinale a alternativa que melhor explica a importância do espaço nessa narrativa.
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PERGUNTA 1 De acordo Manfredi (1993, p. 5), “[...] poderíamos qualificar a metodologia do ensino, em uma perspectiva histórico-dialética da educação, como sendo um conjunto de princípios e/ou diretrizes sócio-políticos, epistemológicos e psico-pedagógicos articulados a uma estratégia técnico-operacional capaz de reverter os princípios em passos e/ou procedimentos orgânicos e sequenciados, que sirvam para orientar o processo de ensino-aprendizagem em situações concretas”. MANFREDI, S. M. Metodologia do ensino: diferentes concepções. Campinas-SP: F.E./UNICAMP, 1993. p. 5. Quanto à concepção histórico-dialética de educação, analise as afirmativas a seguir. I. A dimensão sociopolítica refere-se a uma busca por definições de diretrizes, o que nos leva ao conhecimento. II. Na dimensão epistemológica, é preciso considerar o papel da educação no processo de elaboração do projeto educativo. III. A dimensão psicopedagógica está relacionada a uma ideia subjetiva, referente ao processo de aprendizagem. Está correto o que se afirma em: a. III, apenas. b. I e II, apenas. c. I e III, apenas. d. I, II e III. e. I, apenas. PERGUNTA 2 Quando falamos da metodologia de “exposição oral”, muitas vezes, pode parecer que essa metodologia não é interessante ou que não incentiva a participação ativa dos estudantes, mas, dependendo do objetivo, a exposição oral pode ser eficiente e atingir um objetivo. Considerando o que foi apresentado e o conteúdo estudado, identifique se são verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmativas a seguir. I. ( ) A exposição rápida de um tema em uma aula curta pode ser bastante adequada e auxiliar grandemente a aprendizagem dos alunos. II. ( ) A metodologia de exposição oral é pouco utilizada nas escolas atualmente, uma vez que apenas poucos estudantes gostam desse modelo. III. ( ) Alguns estudiosos criticam a exposição oral, apontando que o aluno ocupa uma posição de aprendizagem muito passiva. IV. ( ) Alguns estudos na área de metodologia apontam que a exposição oral pode trazer diversas contribuições para o ensino. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. a. F - F - F - V. b. F - V - V - V. c. V - F - V - V. d. V - V - F - F. e. V - V - V - V. PERGUNTA 3 De acordo com Manfredi (1993, p. 1), “Etimologicamente, considerando a sua origem grega, a palavra metodologia advém de methodos, que significa META (objetivo, finalidade) e HODOS (caminho, intermediação), isto é, caminho para se atingir um objetivo. Por sua vez, LOGIA quer dizer conhecimento, estudo. Assim, metodologia significaria o estudo dos métodos, dos caminhos a percorrer, tendo em vista o alcance de uma meta, objetivo ou finalidade”. MANFREDI, S. M. Metodologia do ensino: diferentes concepções. Campinas-SP: F.E./UNICAMP, 1993. p. 1. Nesse sentido, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I. A metodologia refere-se a um único conceito geral e, mundialmente, reconhecido, pois provém do momento histórico em que foi concebida. PORQUE II. Há uma maneira lógica de trabalhar os conhecimentos, a qual provém das inteligências amadurecidas e, completamente, desenvolvidas. Analisando essas asserções, é correto afirmar que: a. as duas asserções são falsas. b. a primeira asserção é falsa e a segunda é verdadeira. c. a primeira asserção é verdadeira e a segunda é falsa. d. as duas asserções são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. e. as duas asserções são verdadeiras, mas a segunda não justifica a primeira​
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PERGUNTA 1 Leia a seguir o trecho sobre a função do mito. “[…] Assim, a magia e a mitologia ocupam a imensa região exterior do desconhecido, englobando o pequeno campo do conhecimento concreto comum. O sobrenatural está em todas as partes, dentro ou além do natural; e o conhecimento do sobrenatural que o homem acredita possuir, não sendo da experiência direta comum, parece ser um conhecimento de ordem diferente e superior. É uma revelação acessível apenas ao homem inspirado ou (como diziam os gregos) ‘divino’ — o mágico e o sacerdote, o poeta e o vidente” (CORNFORD, 2001, p. 14-15). CORNFORD, F. M. Antes e depois de Sócrates. Tradução de Valter Lellis Siqueira. São Paulo: Martins Fontes, 2001. Com base no exposto, é correto afirmar que: a. por se tratar de uma revelação, o conhecimento do mito é acessível a todos. b. o sobrenatural aparece em todas as partes do mito, porque é ele que tenta ser explicado. c. o conhecimento mítico limita-se ao que acontece no campo concreto comum. d. magia e mitologia não se confundem com o conhecimento comum. e. o mito não distingue o natural do sobrenatural e este tende a se sobrepor. 2 pontos PERGUNTA 2 A literatura narrativa não se limita a romances e contos. Existem diversos gêneros literários narrativos que são, muitas vezes, bastante próximos entre si. Podemos considerar como narrativos as lendas, os mitos, as crônicas, as novelas. Além disso, temos o gênero épico, que narra uma história, geralmente heróica, porém em forma de verso. Seria um gênero intermediário entre o lírico e o narrativo. Levando em consideração o gênero épico e o seu narrador, identifique se são verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmativas a seguir. I. ( ) O gênero épico apresenta aventuras heróicas e eloquentes baseadas na história cultural dos povos, suas crenças e seus deuses. II. ( ) A logicidade, a racionalidade e a objetividade são a base do narrador épico para dar o tom grandioso, mas este se descaracteriza pela presença de elementos místicos e aventuras fantásticas. III. ( ) O narrador épico pode se utilizar de versos (versos épicos) e escrever um poema ou da prosa (narrativa épica) e escrever uma narrativa. IV. ( ) “Os Lusíadas”, de Luís de Camões, “Ilíada”, de Homero, e “A Odisseia”, também de Homero, são representantes do gênero épico. Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA. a. V-F-V-F. b. F-F-V-V. c. F-F-F-V. d. V-F-V-V. e. V-V-F-V.
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