QUESTÃO 1 A relação entre direito e justiça sempre foi tomada como um problema filosófico praticamente desde os primórdios da filosofia. Com o desenvolvimento do Estado moderno e a consequente complexificação técnica do Direito, essa questão ganhou novos contornos e uma densidade ainda maior. Sobre as relações entre Direito e Justiça no direito contemporâneo, analise as afirmações a seguir: I. Para os seguidores do positivismo jurídico, o direito reduz-se a uma imposição da força social e justiça, por sua vez, é considerada um elemento estranho à sua formação e validade. II. Para o positivismo jurídico, a norma tem característica coercitiva no sentido de que simplesmente pune pela transgressão, mas não busca ensinar o homem como ser justo. III. Hanz Kelsen, que foi talvez o principal representante do positivismo jurídico, os critérios da justiça tem natureza simplesmente emocional e subjetiva, sendo que sua determinação deve ser deixada à religião ou à metafísica. IV. Para Miguel Reale, o conceito de justiça pode ser cristalizado no tempo, não sendo portanto um conceito em movimento. V. Segundo Miguel Reale, as regras de Direito visam todas a um valor e a pluralidade dos valores é consubstancial à experiência jurídica. É correto o que se afirma em: Alternativas Alternativa 1: I e II, apenas. Alternativa 2: II e III, apenas. Alternativa 3: I, II, IV e V, apenas. Alternativa 4: I, II, III e V, apenas. Alternativa 5: I, II, III, IV e V.
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QUESTÃO 5 O direito na contemporaneidade é fruto de uma construção que começou na transição da Idade Média para a Idade Moderna e foi marcada por uma série de questões de ordem política, social e econômica. No que diz respeito à última categoria, sobressai principalmente o desenvolvimento da economia capitalista a consequente hegemonia social e política da burguesia. LEIA atentamente as afirmações abaixo sobre as características do direito a partir da era moderna e até a contemporaneidade: I. Diante das novas formas de produção que caracterizam o capitalismo, surge o Estado moderno, que unifica os territórios antes fragmentados pelo feudalismo e começa a criar legislações gerais, chamando para si o poder de decidir sobre os conflitos sociais. II. A necessidade de dar estabilidade jurídica às novas formas de produção que impulsionou as mudanças no Direito, e não a necessidade de procurar restabelecer ou estabelecer uma existência digna aos homens. III. O Estado Moderno surgiu para atender às demandas por uma série de aparatos técnicos, institucionais e formais que estão implícitas nas relações mercantis capitalistas. IV. A partir do século XIX, as formas jurídicas necessárias a este novo modelo de sociedade passaram a ser anunciadas tecnicamente e, como consequência, o jurista passa a tratar do direito na sua face imediata, esquecendo que o surgimento da técnica corresponde a determinadas estruturas das relações sociais. V. Nunca na história da humanidade o Estado esteve enfraquecido e mal preparado para monitorar a vida dos indivíduos. É correto o que se afirma em: Alternativas Alternativa 1: I e II, apenas. Alternativa 2: II e III, apenas. Alternativa 3: I, II, IV e V, apenas. Alternativa 4: I, II, III e IV, apenas. Alternativa 5: I, II, III, IV e V.
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QUESTÃO 8 As marcas da colonização portuguesa no Brasil fizeram-se evidenciar de várias maneiras. No âmbito do Direito, o Brasil esteve, obviamente, submetido a várias legislações de origem portuguesa durante a época colonial, algumas mais importantes, outras menos. LEIA atentamente as afirmações abaixo sobre a legislação portuguesa na época colonial brasileira e ASSINALE a alternativa que contém a afirmação CORRETA: Alternativas Alternativa 1: Os primeiros documentos jurídicos colônias do Brasil foram compostos pela Legislação Eclesiástica, pela Cartas de doação e pelos Forais. Alternativa 2: Durante o período colonial brasileiro, a administração da justiça estava integralmente entregue a funcionários reais, o que limitava os abusos por parte dos senhores donatários. Alternativa 3: No século XVII, com as reformas introduzidas pelo Marques de Pombal, o Direito português sofre uma guinada significativa caracterizada pela revalorização do Direito Romano. Alternativa 4: Durante o período colonial brasileiro, o Direito Privado foi adaptado às necessidades colônias, ao passo que, no âmbito do Direito Público, aplicava-se na Colônia exatamente o mesmo que se praticava na Metrópole. Alternativa 5: As Ordenações Reais, como as Ordenações Afonsinas (1446), as Ordenações Manuelinas (1521) e as Ordenações Filipinas (1603), não exerceram nenhuma influência decisiva sobre do direito brasileiro no período colonial.
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QUESTÃO 10 O Código de Napoleão causou um enorme impacto na cultura jurídica ocidental devido às inovações que introduziu no modo de se entender e aplicar o direito. Sobre as inovações introduzidas pelo Código de Napoleão, analise as afirmações a seguir: I. O Código de Napoleão trouxe inovações como a supressão do direito de primogenitura em matéria de sucessões, a admissão do divórcio em caso de adultério no direito de família e a abolição dos direitos feudais ainda existentes em matéria de direito das coisas. II. O Código de Napoleão tinha como principal objetivo perpetuar o direito medieval na França, fazendo com que os direitos dos antigos reis absolutistas franceses pudessem ser usufruídos também pelo novo imperador, o antigo general Napoleão Bonaparte. III. Muitas das inovações trazidas pelo Código de Napoleão podem ser consideradas o triunfo de ideais iluministas de eliminação dos usos e costumes medievais, que ainda sobreviviam não obstante a força centralizadora do poder político na Era Absolutista. IV. A codificação ajudou a desenvolver o chamado positivismo jurídico. V. O próprio Código de Napoleão deixava clara a intenção de romper com o antigo e estabelecer o novo ao estabelecer, em seu artigo 7º, que “a contar do dia em que essas leis forem executórias, as leis romanas, as ordonnances, os costumes gerais ou locais, os estatutos e os regimentos deixam de ter força de lei geral ou particular nas matérias que são objeto das ditas leis que compõem o presente Código”. É correto o que se afirma em: Alternativas Alternativa 1: I e II, apenas. Alternativa 2: II e III, apenas. Alternativa 3: I, III, IV e V, apenas. Alternativa 4: I, II, III e IV, apenas. Alternativa 5: I, II, III, IV e V.
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QUESTÃO 7 Considere o seguinte panorama: O crescente uso da internet fez erigir novos paradigmas sociais, além de modificar os ordenamentos jurídicos para se conferir uma adequada regulação da rede e das questões jurídicas decorrentes de sua utilização. Nesse contexto, no ano de 2014 foi promulgado o Marco Civil da Internet, e em 2018 foi promulgada, no Brasil, a Lei Geral de Proteção de Dados, que disciplinou a matéria da regulação pertinente ao tratamento, armazenamento, manipulação de dados dos usuários, demonstrando a preocupação do legislador ordinário com a necessária proteção de dados dos usuários em razão do novo cenário conferido pela internet. HERMES, Pedro Henrique; SUTEL, Roberta de Oliveira; SILVA, Rosane Leal da Silva. O DIREITO FUNDAMENTAL À PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS: UMA ANÁLISE DA ADI Nº. 6.387 - Revista Juris UniToledo, Araçatuba, SP, v. 06, n. 01, p. 36-52, jan./mar., 2021. p. 37 Com base nas discussões das palestras assistidas e no texto da revista Juris UniToledo, avalie as afirmações a seguir. I. Os ordenamentos jurídicos acompanham os avanços da sociedade, para dar conta de abranger aos seus direitos e deveres. II. O cenário social a partir da internet manteve o contexto de proteção de dados pessoais, dessa forma, não demandou adequações jurídicas. III. A manipulação de dados de usuários via provedores, a partir da internet, não ofereceu perigo, tampouco violou direitos fundamentais dos cidadãos. IV. A internet possibilitou interação entre pessoas de diversos lugares ao passo de um “clic”, o que gerou um novo cenário de comunicação e comércio. É correto o que se afirma em Alternativas Alternativa 1: I, apenas. Alternativa 2: II e III, apenas. Alternativa 3: I e IV, apenas. Alternativa 4: II, III e IV, apenas. Alternativa 5: I, II, III e IV.
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QUESTÃO 1 Desde o século XIX, tem-se debatido constantemente sobre como produzir conhecimento histórico. Várias escolas de pensamento historiográfico sucederam-se com visões conflitantes sobre como escrever a história, sobre quais tipos de fontes devem ser privilegiadas, sobre como se interpretar tais fontes e seus conteúdos. LEIA atentamente as afirmações abaixo sobre as diversas formas de escrever a história: ​I. A história tradicional e historicizante é aquela em que o historiador é apenas um sujeito passivo, que se limita a descrever a sucessão de fatos e eventos, não produzindo uma reflexão sobre estes dados; II. A história tradicional procurava recuperar a história a partir dos fatos descritos em documentos, na maioria das vezes, apenas documentos oficiais; III. A história metódica radicaliza a história tradicional, procurando afastar a possibilidade de influências das teorias filosóficas sobre a história, sendo também chamada de escola positivista da história, pois o historiador tem que se colocar numa posição de neutralidade, não podendo dar o mínimo de subjetividade ou mesmo de posicionamento pessoal sobre a história ser contada; IV. A escola dos Annales abandonou a história institucional e política, porque seus pesquisadores acreditavam que não fazia mais sentido procurar compreender a história e o homem a partir desta perspectiva; V. O objetivo da escola dos Annales era estudar a atividade humana na história de maneira global, considerando até os mínimos detalhes, enfocando assim o homem em seu aspecto econômico e social e estabelecendo um diálogo com as demais áreas do conhecimento. ​É correto o que se afirma em: Alternativas Alternativa 1: I e III, apenas. Alternativa 2: II e IV, apenas. Alternativa 3: III e IV, apenas. Alternativa 4: IV e V, apenas. Alternativa 5: I, II, III, IV e V.
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QUESTÃO 2 Um dos grandes exemplos de codificação moderna foi o Código de Napoleão, promulgado em começo do século XIX na França. O processo de confecção e promulgação desse documento legislativo guarda, obviamente, enormes conexões com seu contexto político e cultural. Sobre o Código de Napoleão e o seu correspondente processo de codificação, analise as afirmações a seguir: I. Dentro da história das codificações, um grande ponto de referência é o Código Civil Francês de 1804, feito por determinação de Napoleão Bonaparte. II. A necessidade de realizar uma codificação foi firmada desde o início da revolução francesa de 1789, sendo que já em 1790 foi esboçada a criação de um código civil único para toda a França. III. Com fundamento no racionalismo iluminista, havia também a intenção de tornar a lei clara e acessível a todos, porque quanto todos conhecessem seus direitos e deveres, bem como as respectivas punições, ninguém mais ousaria infringir a lei. IV. O Código Civil dos Franceses, ou como Código de Napoleão como ficou mais conhecido, pode ser considerado no campo do direito, um marco de ruptura entre o direito de origem medieval e o estabelecimento do direito moderno. V. O principal redator do Código de Napoleão foi o jurista François Trounchet (1726-1806). É correto o que se afirma em: Alternativas Alternativa 1: I e II, apenas. Alternativa 2: II e III, apenas. Alternativa 3: I, III, IV e V, apenas. Alternativa 4: I, II, III e IV, apenas. Alternativa 5: I, II, III, IV e V.
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QUESTÃO 3 O direito romano possuía um série de institutos jurídicos que, superficialmente, lembram muito alguns institutos comuns a sistemas jurídicos modernos, sobretudo no âmbito do direito privado. No entanto, uma análise mais cuidadosa releva que, por detrás das semelhanças aparentes, existem profundas diferenças entre o que existia no direito romano e seus homônimos modernos. Considerando essas informações, analise as afirmações a seguir: I. No direito romano, o conceito de família incluía todas as pessoas que estavam diretamente sob a tutela do pater famílias, não se fundando, por conseguinte, no nascimento ou na afinidade, mas no poder do pater famílias. II. Devido à sua significância religiosa, a propriedade no direito romano não é apenas um direito que traz vantagens de ordem material para seu titular, mas antes de tudo uma obrigações e sacrifício de ordem pessoal, pois ela é estabelecida para a perpetuação de um culto hereditário, transcendendo a vida individual. III. Com a Lei da XII Tábuas, os romanos proibiram completamente a transferência da posse da terra, pondo fim à prática do comércio de tais terras que era profundamente difundido até então. IV. No direito romano, quando falecia o pater famílias deixando dívidas, o seu herdeiro tinha a responsabilidade de quitá-las ainda que o patrimônio herdado não fosse o suficiente para isso. V. No direito romano, o direito sobre o solo sagrado, onde a família celebra rotineiramente o culto ao fogo sagrado e preserva os antepassados, pertencia tanto aos que já morreram da família quanto aos que nela estão por nascer. É correto o que se afirma em: Alternativas Alternativa 1: I e II, apenas. Alternativa 2: II e III, apenas. Alternativa 3: I, II, IV e V, apenas. Alternativa 4: I, II, III e IV, apenas. Alternativa 5: I, II, III, IV e V.
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QUESTÃO 5 Uma das primeiras grandes civilizações mundiais foi a grega, que criou a filosofia e desenvolveu profundamente a matemática, dentre outras conquistas culturais. O direito, obviamente, não passou inerte ao mundo. Sobre o direito na Grécia antiga, analise as afirmações a seguir: I. Com auxílio da reflexão filosófica, o direito grego aperfeiçoou o direito romano, do qual ele derivou em seus primórdios. II. Os gregos procuraram colocar suas normas de conduta na forma de leis escritas, e o direito que se manifesta através das leis é um produto do logos, da razão. III. O direito dos gregos não é resultado de criação mágica, mas sim da vontade coletiva dos homens e tem como função tornar possível a vida em sociedade mediante a defesa do interesse comum (ou, na visão aristotélica, do bem comum). IV. Em Esparta, por exemplo, a valentia diante do inimigo, ainda que com sacrifício da própria vida é uma exigência legal imposta ao cidadão, não derivando de nenhuma vontade tirânica de qualquer governante. V. Além do logos, o direito grego era vinculado ao ethos, que trazia consigo o conceito de virtude política e que implicava a livre submissão de todos, independentemente das distinções entre eles, à autoridade da lei. É correto o que se afirma em: Alternativas Alternativa 1: I e II, apenas. Alternativa 2: II e III, apenas. Alternativa 3: I, III, IV e V, apenas. Alternativa 4: II, III, IV e V apenas. Alternativa 5: I, II, III, IV e V.
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QUESTÃO 7 Uma das grandes tradições jurídicas do ocidente moderno é aquela da Inglaterra, que posteriormente foi exportada para suas ex-colônias, como o Estados Unidos, a Austrália e outros. Desenvolvendo-se sob influências diversas da tradição europeia continental, que foi marcada sobretudo pela recepção do direito romano, o direito inglês viria a adquirir características muito específicas. LEIA atentamente as afirmações abaixo sobre o direito inglês: I. Em 1628, com a Petition of Rights (Petição de Direito), fica estabelecido que, uma vez impetrado um Habeas Corpus, uma pessoa deverá ser libertada se o guardião não justificar que seu prisioneiro está encarcerado regularmente e conforme a lei. II. O direito inglês é constituído apenas pela common law, não havendo nada paralelo a este direito. III. A statute law é aquele criado pelo legislador não vinculado ao Judiciário, que se manifestava por meio dos Tratados Internacionais, Constituições, leis ordinárias e federais, mas foi abandonado com o desenvolvimento da common law. IV. Apesar da dicotomia aparente entre a common law (desenvolve-se como um direito jurisprudencial e criado pelo juiz) e a statute law (criado pelo legislador), existe uma complementariedade entre estas duas formas de ser do direito. V. No século XX a Inglaterra começou a caminhar rapidamente para o fortalecimento da statute law, inclusive substituindo parte das atribuições da common law. É correto o que se afirma em: Alternativas Alternativa 1: I, III e IV, apenas. Alternativa 2: I, IV e V, apenas. Alternativa 3: II, IV e V, apenas. Alternativa 4: II, III e V, apenas. Alternativa 5: III, IV e V, apenas.
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QUESTÃO 10 Roma começou como uma Monarquia, evoluindo posteriormente para uma República e, finalmente, assumiu a forma de um Império. Sendo um produto do seu tempo, o direito romano sofreu, obviamente, a influência das diversas fases da evolução da própria civilização romana. Considerando essas informações, analise as afirmações a seguir: I. No período do alto império, uma instituição jurídica que sofre mudanças importantes neste período foi a magistratura, que acabou não tendo a mesma força e importância como anteriormente. II. O período do alto império foi, segundo alguns autores, o período mais profícuo da produção jurídica romana, pois pertencem a esta época importantes jurisconsultos, tais como Sálvio Juliano, Papiniano, Paulo, Gaio, Ulpiano e Modestino. III. No período do Dominato, houve uma falta de estímulos para a criação e desenvolvimento de novos trabalhos por parte dos juristas, caracterizando-se, assim, pela primazia dos práticos, que se limitavam a citar as obras dos jurisconsultos clássicos. IV. O Baixo Império não foi um período de grandes inovações no direito romano, mas foi importante pois ajudou a conservar, por intermédio dos compiladores, as obras dos jurisconsultos romanos do período áureo. V. Outro legado importante do direito romano e que o diferenciou de forma contundente do direito grego e de seus antecessores está na sua característica estritamente oral, pois ele não produziu nenhuma literatura jurídica devido ao fato de não ter contado com nenhuma classe de profissionais especificamente dedicados ao direito. É correto o que se afirma em: Alternativas Alternativa 1: I e II, apenas. Alternativa 2: II e III, apenas. Alternativa 3: I, III, IV e V, apenas. Alternativa 4: I, II, III e IV, apenas. Alternativa 5: I, II, III, IV e V.
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